Rolling Stones conquistam Cuba, a última fronteira do rock nas Américas
Sara Gómez Armas.
Havana, 26 mar (EFE).- Com os primeiros acordes de "Jumpin Jack Flash", um mundo de telefones celulares iluminou na noite desta sexta-feira o complexo Ciudad Deportiva em Havana: todos queriam registrar para a memória a entrada triunfal dos Rolling Stones, em uma apresentação espetacular e única, com a qual conquistaram o público cubano, a última fronteira do rock no continente americano.
"Sabemos que há alguns anos atrás era difícil ouvir nossa música em Cuba, mas aqui estamos, tocando para vocês em seu lindo país. Acredito que, finalmente, os tempos estão mudando", declarou Mick Jagger no microfone, em espanhol, ao comentar sobre a época em que o rock estrangeiro não era bem-visto pelo governo cubano.
As duas horas e meia de apresentação dos Stones serviram para que Cuba saldasse sua dívida com o rock em um evento gratuito e ao ar livre, que reuniu milhares de pessoas.
Duas músicas foram suficientes para que Mick tivesse que tirar sua jaqueta exuberante, após não parar de se movimentar nem um segundo nos 80 metros de comprimento do enorme palco montado na Ciudad Deportiva.
"Aqui estamos finalmente. Temos certeza que será uma noite inesquecível", profetizou, novamente em espanhol, o carismático vocalista. O público, que misturava gente de todas as idades e nacionalidades, não decepcionou e se entregou em cada segundo do show.
Nas primeiras fileiras, o que predominava eram fãs estrangeiros - britânicos, alemães, americanos, argentinos e mexicanos -, muitos já com seus cabelos brancos: admiradores fanáticos da banda que a acompanham onde quer que ela vá, e que, certamente, não queriam perder a oportunidade de testemunhar os Stones em Cuba. Já na área VIP, a top model Naomi Campbell e o ator Richard Gere eram alguns dos nomes de destaque.
Após esquentar o ambiente com "It's Only Rock and Roll", "Angie", "Paint It Black" e "All Down the Line" - escolhida por seus seguidores nas redes sociais para este espetáculo -; chegou a hora de certo silêncio para que Keith Richards dedilhasse os primeiros acordes de "Honky Town Woman".
A dupla de guitarristas formada por Richards e Ronnie Wood, o baterista Charlie Watts e o vocalista Mick Jagger, com sua tradicional movimentação peculiar, continuaram apresentando seu repertório de clássicos do rock, que incluíram temas como "Gimme Shelter", "Start Me Up", "Sympathy for the Devil" e "Brown Sugar".
Jagger, então, ameaçou uma despedida ao dizer: "muito obrigado Havana, boa noite". Mas se tratou apenas de um alarme falso, já que os veteranos retornaram com o coro cubano Entrevoces para interpretar "You Can't Always Get What You Want".
"Estão prontos?", perguntou Jagger, para que em seguida fossem ouvidas as primeiras notas de "Satisfaction", causando delírio nos presentes, que começaram a pular, num clímax perfeito, que fez até o estático Charlie Watts esboçar um sorriso.
Os quatro minutos da versão original de "Satisfaction" (1965) se alongaram por mais que o dobro do tempo e todos, desde os roqueiros no palco, até o último expectador em Havana, desfrutaram de um concerto histórico, que ficará na memória.
Havana, 26 mar (EFE).- Com os primeiros acordes de "Jumpin Jack Flash", um mundo de telefones celulares iluminou na noite desta sexta-feira o complexo Ciudad Deportiva em Havana: todos queriam registrar para a memória a entrada triunfal dos Rolling Stones, em uma apresentação espetacular e única, com a qual conquistaram o público cubano, a última fronteira do rock no continente americano.
"Sabemos que há alguns anos atrás era difícil ouvir nossa música em Cuba, mas aqui estamos, tocando para vocês em seu lindo país. Acredito que, finalmente, os tempos estão mudando", declarou Mick Jagger no microfone, em espanhol, ao comentar sobre a época em que o rock estrangeiro não era bem-visto pelo governo cubano.
As duas horas e meia de apresentação dos Stones serviram para que Cuba saldasse sua dívida com o rock em um evento gratuito e ao ar livre, que reuniu milhares de pessoas.
Duas músicas foram suficientes para que Mick tivesse que tirar sua jaqueta exuberante, após não parar de se movimentar nem um segundo nos 80 metros de comprimento do enorme palco montado na Ciudad Deportiva.
"Aqui estamos finalmente. Temos certeza que será uma noite inesquecível", profetizou, novamente em espanhol, o carismático vocalista. O público, que misturava gente de todas as idades e nacionalidades, não decepcionou e se entregou em cada segundo do show.
Nas primeiras fileiras, o que predominava eram fãs estrangeiros - britânicos, alemães, americanos, argentinos e mexicanos -, muitos já com seus cabelos brancos: admiradores fanáticos da banda que a acompanham onde quer que ela vá, e que, certamente, não queriam perder a oportunidade de testemunhar os Stones em Cuba. Já na área VIP, a top model Naomi Campbell e o ator Richard Gere eram alguns dos nomes de destaque.
Após esquentar o ambiente com "It's Only Rock and Roll", "Angie", "Paint It Black" e "All Down the Line" - escolhida por seus seguidores nas redes sociais para este espetáculo -; chegou a hora de certo silêncio para que Keith Richards dedilhasse os primeiros acordes de "Honky Town Woman".
A dupla de guitarristas formada por Richards e Ronnie Wood, o baterista Charlie Watts e o vocalista Mick Jagger, com sua tradicional movimentação peculiar, continuaram apresentando seu repertório de clássicos do rock, que incluíram temas como "Gimme Shelter", "Start Me Up", "Sympathy for the Devil" e "Brown Sugar".
Jagger, então, ameaçou uma despedida ao dizer: "muito obrigado Havana, boa noite". Mas se tratou apenas de um alarme falso, já que os veteranos retornaram com o coro cubano Entrevoces para interpretar "You Can't Always Get What You Want".
"Estão prontos?", perguntou Jagger, para que em seguida fossem ouvidas as primeiras notas de "Satisfaction", causando delírio nos presentes, que começaram a pular, num clímax perfeito, que fez até o estático Charlie Watts esboçar um sorriso.
Os quatro minutos da versão original de "Satisfaction" (1965) se alongaram por mais que o dobro do tempo e todos, desde os roqueiros no palco, até o último expectador em Havana, desfrutaram de um concerto histórico, que ficará na memória.
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