Gravações de julgamento de Mandela já estão disponíveis em formato digital
Pretória, 17 mar (EFE).- As gravações do julgamento de 1964 em que o regime do apartheid condenou Nelson Mandela e outros sete de seus companheiros de luta a prisão perpétua estão disponíveis a partir desta quinta-feira em formato digital e em breve poderão ser consultados na internet.
"Pela primeira vez podemos escutar as vozes dos que foram julgados em Rivonia, os procedimentos do princípio ao fim", disse o ministro de Cultura sul-africano, Nathi Mthethwa, no ato de apresentação do arquivo digital em Pretória.
A cerimônia aconteceu no Palácio de Justiça de Pretória, na mesma sala do tribunal em que Mandela e os outros ativistas foram julgados e condenados.
A cerimônica contou com a presença de três dos condenados em 1964: Denis Goldberg, Andrew Mlangeni e Ahmed Kathrada.
As gravações digitalizadas foram entregues a Mthethwa pelo Instituto Nacional Audiovisual da França (INA), que tombou o conteúdo dos 591 cilindros flexíveis de vinil (conhecidos como ditabelts) que continham as 230 horas de gravação sonora do julgamento.
O acordo entre o Ministério de Cultura sul-africano e o INA inclui um programa para transferir tecnologia e conhecimento à administração sul-africana, para que a África do Sul possa digitalizar todos os arquivos sonoros dos juízos da época do apartheid.
Conhecido como o julgamento de Rivonia, região nos arredores de Johanesburgo onde estava a fazenda que era o centro de operações do braço armado do Congresso Nacional Africano (CNA), o processo foi um dos episódios fundamentais da repressão do regime à resistência.
Durante sua defesa neste julgamento, Mandela pronunciou um de seus discursos mais famosos, que fechou com uma declaração de seu compromisso com "o ideal de uma sociedade livre e democrática", pelo qual se mostrou "preparado para morrer".
Antes que as vozes, agora digitalizadas, de acusados, advogados, promotores e juízes voltassem a ser ouvidas na mesma sala do Palácio de Justiça da capital da África do Sul, o ministro da Cultura elogiavao fato de este precioso documento sonoro estar agora a salvo.
Perto dali, sentados nos mesmos bancos em que a promotoria pedia suas cabeças há 52 anos, Goldberg, Mlangeni e Kathrada acompanharam atentamente o trecho dos procedimentos que foi reproduzido.
O promotor pedia pena de morte, mas a condenação foi amenizada para prisão perpétua.
As gravação em ditabelts são o único documento sonoro do julgamento, que não tem nenhum registro audiovisual, lembrou a embaixadora da França em Pretória, Elisabeth Barbier.
"Pela primeira vez podemos escutar as vozes dos que foram julgados em Rivonia, os procedimentos do princípio ao fim", disse o ministro de Cultura sul-africano, Nathi Mthethwa, no ato de apresentação do arquivo digital em Pretória.
A cerimônia aconteceu no Palácio de Justiça de Pretória, na mesma sala do tribunal em que Mandela e os outros ativistas foram julgados e condenados.
A cerimônica contou com a presença de três dos condenados em 1964: Denis Goldberg, Andrew Mlangeni e Ahmed Kathrada.
As gravações digitalizadas foram entregues a Mthethwa pelo Instituto Nacional Audiovisual da França (INA), que tombou o conteúdo dos 591 cilindros flexíveis de vinil (conhecidos como ditabelts) que continham as 230 horas de gravação sonora do julgamento.
O acordo entre o Ministério de Cultura sul-africano e o INA inclui um programa para transferir tecnologia e conhecimento à administração sul-africana, para que a África do Sul possa digitalizar todos os arquivos sonoros dos juízos da época do apartheid.
Conhecido como o julgamento de Rivonia, região nos arredores de Johanesburgo onde estava a fazenda que era o centro de operações do braço armado do Congresso Nacional Africano (CNA), o processo foi um dos episódios fundamentais da repressão do regime à resistência.
Durante sua defesa neste julgamento, Mandela pronunciou um de seus discursos mais famosos, que fechou com uma declaração de seu compromisso com "o ideal de uma sociedade livre e democrática", pelo qual se mostrou "preparado para morrer".
Antes que as vozes, agora digitalizadas, de acusados, advogados, promotores e juízes voltassem a ser ouvidas na mesma sala do Palácio de Justiça da capital da África do Sul, o ministro da Cultura elogiavao fato de este precioso documento sonoro estar agora a salvo.
Perto dali, sentados nos mesmos bancos em que a promotoria pedia suas cabeças há 52 anos, Goldberg, Mlangeni e Kathrada acompanharam atentamente o trecho dos procedimentos que foi reproduzido.
O promotor pedia pena de morte, mas a condenação foi amenizada para prisão perpétua.
As gravação em ditabelts são o único documento sonoro do julgamento, que não tem nenhum registro audiovisual, lembrou a embaixadora da França em Pretória, Elisabeth Barbier.
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