Projeto oferece leitura de livros pelo celular em ônibus de Lima
María Clara Montoya.
Lima, 5 mar (EFE).- Obras como "O Pequeno Príncipe", "Madame Bovary", "Drácula", "Dom Quixote" e outras que são de domínio público podem agora ser lidas em smartphones e tablets nos ônibus de Lima, por meio de códigos QR, graças a um projeto de incentivo à leitura.
Ciente de que a capital do Peru tem poucas bibliotecas, o coletivo peruano "Chup de Mango" tomou esta iniciativa usando livros que são de domínio público e colocando em adesivos, além dos códigos, alguns trechos das obras.
"Não há muito apreço pelos livros e não há muitos lugares onde se promover a leitura. Daí nosso interesse para que as pessoas leiam mais", explicou à Agência Efe uma das organizadoras da iniciativa, a publicitária Melissa Mandujano, que contou com o apoio da amiga e comunicadora Fabiola Carranza.
A primeira intervenção foi há três semanas nas linhas que percorrem Lima "de leste a oeste", nas quais elas já tinham viajado como passageiras e que não têm trocador. O fato de não ter trocador facilita o trabalho, já que elas acreditam que eles tentariam impedi-las de colocar os adesivos de divulgação caso percebessem o movimento.
O projeto é pioneiro na capital peruana, mas se baseia na experiência do metrô de Medellín, na Colômbia, que já conta, inclusive, com uma biblioteca.
"O sistema de transporte público em Lima é caótico, e às vezes viajar é entediante e chato porque você passa muito tempo esperando chegar ao destino", disse Fabiola Carranza.
O grupo selecionou "leituras essenciais", e as jovens escolheram "trechos atraentes" para os leitores se interessarem em baixar o livro depois por meio de códigos QR no adesivo colocado na parte de trás dos assentos ou anotar o site e fazer isso em casa.
No trânsito, moradores de Lima podem perder até três horas diariamente. Com a ideia de que a leitura é uma viagem, elas pensaram: "Por que não viajar de casa para o trabalho também com um livro?".
Por esse motivo, colocaram o início de "Dom Quixote" e trechos que descrevem a essência de "Madame Bovary". A história de Drácula e a delicadeza de "O Pequeno Príncipe" também fazem parte da coleção que pode ser lida nos ônibus.
"Nosso objetivo é que as pessoas leiam sempre mais", ressaltou Melissa Mandujano.
O projeto das amigas ainda não consegue contabilizar quantos downloads são feitos. Segundo elas, isso acontece porque as 'URLs' (endereços disponíveis na rede) encaminham a diversas páginas da internet com as quais elas não têm qualquer relação.
Recentemente, elas ganharam o apoio da ONG "Ayuda en Acción/Voluntariado en acción" que se juntou a elas para espalhar os adesivos.
O coletivo "Chup de Mango" surgiu há um ano e meio com a intenção de "trabalhar junto com as pessoas que querem melhorar seu entorno e mudar sua maneira de viver".
"Apesar de os protagonistas serem os passageiros, o objetivo é mudar o transporte em si e conseguir o apoio das prefeituras para que se unam a essa ideia simples e aumentem o alcance da leitura no Peru", defendeu Fabiola Carranza.
Lima, 5 mar (EFE).- Obras como "O Pequeno Príncipe", "Madame Bovary", "Drácula", "Dom Quixote" e outras que são de domínio público podem agora ser lidas em smartphones e tablets nos ônibus de Lima, por meio de códigos QR, graças a um projeto de incentivo à leitura.
Ciente de que a capital do Peru tem poucas bibliotecas, o coletivo peruano "Chup de Mango" tomou esta iniciativa usando livros que são de domínio público e colocando em adesivos, além dos códigos, alguns trechos das obras.
"Não há muito apreço pelos livros e não há muitos lugares onde se promover a leitura. Daí nosso interesse para que as pessoas leiam mais", explicou à Agência Efe uma das organizadoras da iniciativa, a publicitária Melissa Mandujano, que contou com o apoio da amiga e comunicadora Fabiola Carranza.
A primeira intervenção foi há três semanas nas linhas que percorrem Lima "de leste a oeste", nas quais elas já tinham viajado como passageiras e que não têm trocador. O fato de não ter trocador facilita o trabalho, já que elas acreditam que eles tentariam impedi-las de colocar os adesivos de divulgação caso percebessem o movimento.
O projeto é pioneiro na capital peruana, mas se baseia na experiência do metrô de Medellín, na Colômbia, que já conta, inclusive, com uma biblioteca.
"O sistema de transporte público em Lima é caótico, e às vezes viajar é entediante e chato porque você passa muito tempo esperando chegar ao destino", disse Fabiola Carranza.
O grupo selecionou "leituras essenciais", e as jovens escolheram "trechos atraentes" para os leitores se interessarem em baixar o livro depois por meio de códigos QR no adesivo colocado na parte de trás dos assentos ou anotar o site e fazer isso em casa.
No trânsito, moradores de Lima podem perder até três horas diariamente. Com a ideia de que a leitura é uma viagem, elas pensaram: "Por que não viajar de casa para o trabalho também com um livro?".
Por esse motivo, colocaram o início de "Dom Quixote" e trechos que descrevem a essência de "Madame Bovary". A história de Drácula e a delicadeza de "O Pequeno Príncipe" também fazem parte da coleção que pode ser lida nos ônibus.
"Nosso objetivo é que as pessoas leiam sempre mais", ressaltou Melissa Mandujano.
O projeto das amigas ainda não consegue contabilizar quantos downloads são feitos. Segundo elas, isso acontece porque as 'URLs' (endereços disponíveis na rede) encaminham a diversas páginas da internet com as quais elas não têm qualquer relação.
Recentemente, elas ganharam o apoio da ONG "Ayuda en Acción/Voluntariado en acción" que se juntou a elas para espalhar os adesivos.
O coletivo "Chup de Mango" surgiu há um ano e meio com a intenção de "trabalhar junto com as pessoas que querem melhorar seu entorno e mudar sua maneira de viver".
"Apesar de os protagonistas serem os passageiros, o objetivo é mudar o transporte em si e conseguir o apoio das prefeituras para que se unam a essa ideia simples e aumentem o alcance da leitura no Peru", defendeu Fabiola Carranza.
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