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Itália vive luto pela morte de Umberto Eco

5.fev.2011 - Umberto Eco comparece a protesto em Milão contra Silvio Berlusconi - Giuseppe Cacace /AFP PHOTO
5.fev.2011 - Umberto Eco comparece a protesto em Milão contra Silvio Berlusconi Imagem: Giuseppe Cacace /AFP PHOTO

De Roma

20/02/2016 09h25

Personalidades da cultura, da política, da música e da literatura da Itália amanheceram de luto neste sábado após a morte do escritor Umberto Eco nesta sexta-feira (19) em sua casa em Milão, aos 84 anos.

"Umberto Eco nos deixou. Um gigante que levou a cultura italiana para todo o mundo. Jovem e vulcânico até o último dia", escreveu o ministro da Cultura italiano, Dario Franceschini, no Twitter.

O prefeito de Milão, Giuliano Pisapia, utilizou o Facebook, para prestar sua homenagem ao autor de "O nome da rosa".

"Adeus mestre e amigo, gênio do saber, apaixonado de Milão, homem de vasta cultura e de grande paixão política. Milão sem você é triste e pobre. Mas está orgulhosa de ser tua amada cidade. Ter tido você perto nestes anos foi um grande privilégio", publicou Pisapia.

De Bolonha, cidade onde Eco foi professor emérito e presidente da Escola Superior de Estudos Humanísticos da Universidade de Bolonha, o prefeito Virginio Merola expressou seu sentimento.

"Sinto sua falta, Bolonha sente sua falta, sua inteligência e seu espírito livre farão falta. Adeus Umberto", postou Merola no Twitter.

A política e economista italiana Giovanna Melandri lamentou a notícia e destacou que Eco foi "um grandiosíssimo intelectual e escritor, uma pessoa única e especial".

No mundo acadêmico, Roberto Grandi, professor na Universidade de Bolonha e amigo do pensador, lembrou o passado para exaltar os momentos vividos.

"Era 1972. Parece que foi ontem. Você veio a Bolonha. À universidade. E ficou. Obrigado pelos belos momentos que compartilhamos. #UmbertoEco", comentou no Twitter.

A editora italiana Bompiani, que publicou seu último livro, "Numero Zero" (2015), escreveu: "Luto na cultura. Umberto Eco nos deixou: estamos abalados".

As reações também vieram do mundo da música, entre outros, da cantora italiana Noemi.

"#UmbertoEco é parte da nossa cultura e literatura. Seremos capazes de contar tão bem as coisas aos italianos do amanhã?", se questionou.