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Diretor de "O Nome da Rosa" lembra "alegria de viver" de Umberto Eco

Sean Connery em cena do filme "O Nome da Rosa" (1986), adaptação da obra de Umberto Eco para o cinema - Divulgação
Sean Connery em cena do filme "O Nome da Rosa" (1986), adaptação da obra de Umberto Eco para o cinema Imagem: Divulgação

De Paris (França)

20/02/2016 13h14

O diretor de cinema francês, Jean-Jacques Annaud, que levou às telas de cinema "O Nome da Rosa", de Umberto Eco, lembrou o falecido escritor e semiólogo italiano neste sábado (20) como um erudito que se divertia com tudo.

"Era um personagem muito erudito e de uma alegria de viver assombrosa. Uma mistura entre o sábio e o homem que amava rir e comer", declarou o cineasta à emissora "France Info".

Annaud, que deve sua consagração comercial à adaptação cinematográfica dessa obra em 1986, relembrou a boa conexão que teve com Eco desde o momento de seu encontro, e como este passou a ser "um de seus amigos mais próximos".

"Era um homem com o qual mantive uma relação de admiração total. Tudo lhe divertia. Transbordava alegria. Tinha uma memória monstruosa. Lembrava de tudo", acrescentou o cineasta francês, de 72 anos.

Annaud destacou também seu compromisso político e suas críticas à situação de seu país durante o governo de Silvio Berlusconi, que disse que foi "o combate de sua vida".

O escritor e semiólogo italiano morreu na sexta-feira (19) em sua casa de Milão, aos 84 anos. Em março do ano passado tinha apresentado seu último livro, "Numero Zero", uma reflexão e uma crítica contra o jornalismo, a internet, a mentira e a corrupção.