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Cuba celebra com salvas de tiros e festas os 57 anos da revolução

01/01/2016 15h20

Havana, 1 jan (EFE).- Cuba celebrou nesta sexta-feira com salvas de tiros disparados à meia-noite e festas populares em todo o país o 57° aniversário de sua revolução, efeméride que é destacada em todos os meios de comunicação oficiais.

Como é tradição, a ilha caribenha festeja o triunfo da revolução liderada por Fidel Castro, ocorrido em 1º de janeiro de 1959, junto com a chegada do Ano Novo, recebido nesta ocasião com muita expectativa perante o atual processo de normalização das relações entre EUA e Cuba, iniciado em dezembro de 2014.

O primeiro ato para comemorar a data aconteceu às 0h local na Fortaleza Colonial de San Carlos da Cabana, em Havana, onde cadetes das Forças Armadas Revolucionárias dispararam 21 salvas de tiros em homenagem aos mártires e à vitória do Exército Rebelde.

Na mesma hora, foi realizada a "festa da bandeira" em Santiago de Cuba, segunda cidade em importância do país e considerada "berço" da revolução.

Nesta cidade oriental ainda se mantém esta tradição, ligada às guerras de independência do século XIX e que congrega centenas de pessoas em uma cêntrica praça, onde é içada a bandeira cubana e, depois que ondeia, são lançados presságios sobre o futuro ano.

Em outros lugares do país o ano de 2016 também foi recebido com festejos em praças e ruas, que nesta sexta-feira continuarão na noite com concertos gratuitos, programados nas principais cidades da ilha e protagonizados por músicos de primeira linha.

O maior concerto ocorrerá em Havana e será protagonizado por "Havana D Primeira", uma das orquestras cubanas mais populares hoje no mundo, que acontecerá na Tribuna Anti-Imperialista, situada no calçadão da cidade diante da embaixada dos EUA

Como já é habitual, o Balé Nacional de Cuba, dirigido pela mítica Alicia Alonso, oferecerá também uma apresentação em saudação ao novo aniversário da revolução, que nesta ocasião adquire relevância especial porque marca o retorno da companhia a sua sede do Grande Teatro de Havana, fechado para reparação desde 2013.

O edifício, antigo Centro Galego de Havana, será aberto hoje durante a tarde, pela primeira vez desde que o governo cubano decidiu dar o nome de Alicia Alonso, em homenagem à trajetória da lendária dançarina, que em dezembro completou 95 anos e ainda se mantém em ativo.

Por sua vez, na imprensa cubana a data foi ressaltada com motivos festivos e palavras de ordem alegóricas.

O estatal jornal "Granma", o único que circula impresso neste dia festivo, publica em sua manchete de hoje a imagem de uma grande bandeira cubana junto às palavras "independência", "soberania" e "dignidade", enquanto em sua contracapa mostra um calendário de 2016 como o "Ano 58 da Revolução".

Em sua primeira edição de 2016, o órgão do Partido Comunista de Cuba (PCC, único) publica um resumo dos principais fatos mundiais dos últimos 12 meses no mundo, dentro do qual ressalta a visita do presidente cubano Raúl Castro a Nova York para discursar pela primeira vez na Assembleia Geral da ONU.

Outros meios divulgam mensagens de felicitação enviados a propósito do aniversário da revolução por parte de governantes como o russo Vladimir Putin, o nicaraguense Daniel Ortega, o vietnamita Truong Tan Sang, e o rei saudita Salman bin Abdul Aziz.