EUA e China chegam a acordo sobre ciberespionagem econômica
"Hoje posso anunciar que nossos dois países chegaram a um acordo sobre o caminho a seguir" no ciberespaço, disse Obama em entrevista coletiva após se reunir na Casa Branca com o presidente da China, Xi Jinping.
No entanto, Obama advertiu que está reservada a possibilidade de impor sanções contra aqueles "criminosos" chineses que se envolvem nesse tipo de atividades, e ressaltou que isso "não vai contra o governo" da China, mas é a política americana no mundo todo.
Em virtude do acordo, "nenhum governo realizará e nem apoiará com pleno conhecimento o roubo cibernético de propriedade intelectual, incluídos segredos comerciais e informação de negócios confidencial, com a intenção de proporcionar vantagens competitivas a companhias ou setores comerciais", indica um comunicado conjunto dos EUA e China.
"Os Estados Unidos e China acordam que devem proporcionar respostas oportunas aos pedidos de informação e assistência no relativo a atividades cibernéticas maliciosas", acrescenta a nota.
Obama afirmou também que os dois países trabalharão "juntos e com outros países para promover normas internacionais para uma conduta apropriada no ciberespaço".
Além disso, as duas potências acordam cooperar "com os pedidos de investigar crimes cibernéticos, colher provas econômicas e diminuir a atividade maliciosa que emane de seu território".
Para isso, os dois países estabelecerão um diálogo de alto nível para lutar contra o crime cibernético e temas relacionados, que estará liderado no lado americano pelo secretário de Segurança Nacional, Jeh Johnson, e a secretária de Justiça, Loretta Lynch.
O primeiro encontro desse diálogo vai acontecer antes do fim deste ano, e se repetirá com periodicidade semestral.
"Considero que tudo isto é um sinal de progresso. A questão agora é se as palavras vão ser seguidas de ações, e estaremos observando muito minuciosamente", afirmou Obama.
No ultimo ano, o FBI registrou um aumento de 53% nos ciberataques chineses dirigidos à espionagem comercial nos EUA EFE
llb/dd
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