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Brasil puxa queda na publicação de livros na América Latina

22.ago.2014 - Visitantes na 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo - EFE
22.ago.2014 - Visitantes na 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo Imagem: EFE

Bogotá (Colômbia)

17/09/2015 14h46

A produção editorial latino-americana, medida pelo número de títulos com cadastro ISBN, caiu 2,8% em 2014, principalmente devido à redução de 8,8% no Brasil, o maior produtor da região, conforme informou nesta quinta-feira (17) o Centro Regional para o Fomento ao Livro na América Latina e Caribe.

A América Latina registrou 188.607 títulos com ISBN em 2014, 2,8% a menos que em 2013. Do total da produção, 21,5%, 40.533 registros, 1,5% a mais que em 2013, correspondem ao formato digital.

O setor público latino-americano está na liderança do registro de livros eletrônicos, com 22,7% do total, seguida pela produção universitária (9,6%) e fundações e ONGs (6,8%).

As publicações comerciais da América Latina, que em 2014 perderam o impulso na produção de livros eletrônicos, foram as mais afetadas pela queda geral. Esses registros foram 6% menores aos de 2013, enquanto aumentaram os do setor público (4,9%) e os das fundações e ONGs (0,7%).

Além do Brasil, que registrou 78.288 títulos em 2014, 8,8% menos que em 2013, o que corresponde a 42% do total registrado, também houve descensos no Paraguai (-19,3%), Venezuela (-11,5%), Uruguai (-7,2%), Peru (-5,2%) e Chile (-4,4%) e Nicarágua (-3%).

Pelo contrário, houve aumentos no México (0,2%), Argentina (0,9%) e Colômbia (1,4%), que representam em conjunto 39% do total.

O resultado global da região ibero-americana (com Espanha e Portugal incluídos) foi levemente positivo, de acordo com o último boletim "O livro em números", divulgado pelo CERLALC, organismo dependente da Unesco sediado em Bogotá.

Ao todo, 304.409 títulos foram cadastrados em 2014 com ISBN (Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas) na região ibero-americana, incluindo novidades e reedições, o que significa um aumento de 0,7% em relação aos 302.199 de 2013.

Espanha e Portugal, com 90.802 e 25 mil títulos respectivamente, 1,9% e 31,2% a mais que em 2013, são os países com maior contribuição para tal crescimento.