Aretha Franklin impede exibição de documentário em festival de cinema nos EUA

Washington, 5 set (EFE).- A rainha do soul, Aretha Franklin, impediu a exibição do documentário "Amazing Grace" no Festival de Cinema de Telluride, no estado americano do Colorado, depois que um juiz federal aceitou um processo para que o filme não fosse apresentado sem seu consentimento.

Por uma questão de direitos, o juiz federal John L. Kane determinou em ordem judicial que os espectadores não poderiam assistir o filme, gravado em 1972 e no qual Franklin interpreta músicas de "Amazing Grace", um dos álbuns de gospel mais famosos da artista.

"Após escutar os argumentos da litigante, o tribunal dita uma suspensão cautelar que impede o Festival de Cinema de Telluride de mostrar ou exibir publicamente o filme 'Amazing Grace' no evento dos dias 4, 5 e 6 de setembro de 2015", determinou o juiz do Tribunal do Distrito do Colorado, em Denver.

Desta forma, o magistrado garantiu o direito de Franklin a não ter o filme exposto publicamente sem a sua permissão. A cantora de "Respect", de 73 anos, depôs por telefone para impedir a exibição do filme, segundo comprovam documentos judiciais.

Durante anos, Aretha Franklin se opôs à exibição das imagens do filme, com duração de 87 minutos, aparentemente porque o diretor do vídeo, Sydney Pollack, morto em 2008, cometeu um erro técnico ao tentar sincronizar o som com as imagens, segundo relatou o "The Hollywood Reporter".

Em 2008, o estúdio Warner Bros. deu os direitos do filme ao produtor Alan Elliot por meio de um documento de cessão de direitos, no qual se especifica que para exibir o filme é preciso ter o consentimento da cantora.

Durante anos, Elliot e Franklin nunca chegaram a um acordo sobre a possibilidade de exibir o filme, então o juiz determinou que o Festival de Cinema de Telluride não tem o direito de explorar o vídeo, além de violar a privacidade e os direitos da cantora como autora do vídeo.