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Jihadistas explodem histórico templo de Baal, em Palmira, afirma ONG

23/08/2015 18h24

Cairo, 23 ago (EFE).- Jihadistas do grupo radical Estado Islâmico dinamitaram o histórico templo de Baal, situado nas ruínas da cidade síria de Palmira, indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

"Fontes fidedignas informaram ao Observatório Sírio de Direitos Humanos que o Estado Islâmico explodiu o templo de Baal situado na cidade arqueológica de Palmira", garantiu a ONG.

Os extremistas tomaram o controle desta cidade e suas ruínas greco-romanas, incluídas na lista do Patrimônio da Humanidade da Unesco em 20 maio.

O Observatório precisou que os radicais usaram uma grande quantidade de explosivos para destruir o templo e indicaram que este foi destruído há quase um mês, segundo moradores da cidade que conseguiram fugir.

Palmira é considerada pela Unesco uma relíquia única do século I a.C e uma peça da arquitetura e do urbanismo romano, pelas colunas de sua famosa rua principal e o templo de Baal.

Esta cidade é um dos seis lugares sírios inscritos na lista do Patrimônio da Humanidade da Unesco, junto aos antigos bairros de Aleppo, Damasco e Bosra; o Krak dos Cavaleiros e as aldeias antigas do norte do país.

A destruição do templo foi revelada cinco dias depois que o EI executou o antigo responsável da direção geral de Antiguidades e Museus em Palmira, Khaled al Asaad, por considerá-lo o "diretor dos ídolos" desta cidade.

O destacado arqueólogo, que foi decapitado em público e seu corpo pendurado, foi também acusado pelo EI de representar o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, em "congressos apóstatas", em referência às conferências internacionais sobre antiguidades.

Em junho, ativistas tinham advertido que membros do Estado Islâmico colocaram explosivos nas ruínas. Uma informação que, posteriormente, foi confirmada pelo regime sírio.

Desde fevereiro, os radicais do EI destruíram nas zonas que dominam no Iraque vários lugares e museus arqueológicos.

As ruínas assírias de Nimrud do século XIII a.C. e de Hatra, patrimônio da humanidade da Unesco, o Museu da Civilização da cidade de Mossul e a jazida de Dur Sharrukin, capital assíria durante parte do reinado de Sargon II (722 - 705 a . C.) foram alvo da barbárie deste grupo jihadista.