Desfile de peles da Fendi é recebido com protestos de ativistas em Paris
Paris, 8 jul (EFE).- Ativistas em defesa dos animais, liderados pela Fundação Brigitte Bardot, protestaram nesta quarta-feira em Paris na porta do desfile da grife italiana Fendi durante a apresentação de seu coleção especial de "alta peleteria".
Com cartazes em que se lia "Peles, parem com a tortura", os membros da organização da atriz francesa se reuniram em frente ao teatro da Champs-Elysées, onde a casa italiana apresentou esta coleção comemorativa dos 50 anos de Karl Lagerfeld como diretor artístico.
As forças de segurança isolaram os manifestantes. Entre eles se destacava uma mulher que levava um macaco impresso com imagens de um corpo esfolado sob seu casaco de pele.
Para evitar qualquer confusão durante esta apresentação, parte do calendário oficial da Semana da Alta Costura, a grife montou um forte esquema de segurança, que restringiu o acesso a quem não estivesse credenciado ou com um convite nominal.
Na mira deste protesto estava exatamente o costureiro alemão Karl Lagerfeld, que em uma entrevista ao "New York Times" em março, justificou o uso de peles argumentando que elas criam empregos.
"É muito fácil dizer 'não às peles, não às peles', mas é uma indústria. Quem vai pagar pelo desemprego das pessoas se acabarem com a indústria de pele?", exclamou.
Há duas semanas, Brigitte Bardot redigiu uma carta para Choupette, a famosa gata de Lagerfeld, pedindo a ela que intercedesse com seu dono para evitar as mortes dos animais usados para as luxuosas peças.
"Conto contigo para que ronrone na orelha de papai Karl o desespero que todos seus irmãozinhos com peles sentem quando ele promove seus restos mortais", escreveu a ativista.
Esse episódio levantou de novo um debate sobre o uso deste material na indústria da moda e sobre as condições em que vivem e como são tratados estes animais.
Lagerfeld quis desenhar esta especial e polêmica coleção porque em no início a casa Fendi se dedicava unicamente à peleteria.
Lagerfeld é um dos estilistas mais produtivos ainda na ativa, já que concilia o trabalho na grife italiana com a direção de arte da Chanel e com sua própria companhia, de propriedade do grupo Tommy Hilfiger.
Filho de um rico empresário de Hamburgo, Lagerfeld entrou na moda em 1955 quando ganhou, na categoria de casacos, um concurso de desenho e que concorreram dois mil participantes.
Esta proeza o fez entrar em contato com Pierre Balmain, para quem começaria a trabalhar como aprendiz antes de passar a integrar as oficinas de alta costura de Jean Patou.
Seus primeiros desenhos próprios foram na Chloé, e depois começou a colaborar com a Fendi, antes de o presidente da Chanel, Alain Wertheimer, oferecer a ele o desafio de reviver uma casa que permanecia estagnada após uma década de ausência da fundadora, a histórica Coco.
Ontem ele surpreendeu a indústria com a encenação de um cassino para seu desfile na Chanel e hoje monopolizou toda a atenção com esta polêmica coleção de "alta peleteria".
Com cartazes em que se lia "Peles, parem com a tortura", os membros da organização da atriz francesa se reuniram em frente ao teatro da Champs-Elysées, onde a casa italiana apresentou esta coleção comemorativa dos 50 anos de Karl Lagerfeld como diretor artístico.
As forças de segurança isolaram os manifestantes. Entre eles se destacava uma mulher que levava um macaco impresso com imagens de um corpo esfolado sob seu casaco de pele.
Para evitar qualquer confusão durante esta apresentação, parte do calendário oficial da Semana da Alta Costura, a grife montou um forte esquema de segurança, que restringiu o acesso a quem não estivesse credenciado ou com um convite nominal.
Na mira deste protesto estava exatamente o costureiro alemão Karl Lagerfeld, que em uma entrevista ao "New York Times" em março, justificou o uso de peles argumentando que elas criam empregos.
"É muito fácil dizer 'não às peles, não às peles', mas é uma indústria. Quem vai pagar pelo desemprego das pessoas se acabarem com a indústria de pele?", exclamou.
Há duas semanas, Brigitte Bardot redigiu uma carta para Choupette, a famosa gata de Lagerfeld, pedindo a ela que intercedesse com seu dono para evitar as mortes dos animais usados para as luxuosas peças.
"Conto contigo para que ronrone na orelha de papai Karl o desespero que todos seus irmãozinhos com peles sentem quando ele promove seus restos mortais", escreveu a ativista.
Esse episódio levantou de novo um debate sobre o uso deste material na indústria da moda e sobre as condições em que vivem e como são tratados estes animais.
Lagerfeld quis desenhar esta especial e polêmica coleção porque em no início a casa Fendi se dedicava unicamente à peleteria.
Lagerfeld é um dos estilistas mais produtivos ainda na ativa, já que concilia o trabalho na grife italiana com a direção de arte da Chanel e com sua própria companhia, de propriedade do grupo Tommy Hilfiger.
Filho de um rico empresário de Hamburgo, Lagerfeld entrou na moda em 1955 quando ganhou, na categoria de casacos, um concurso de desenho e que concorreram dois mil participantes.
Esta proeza o fez entrar em contato com Pierre Balmain, para quem começaria a trabalhar como aprendiz antes de passar a integrar as oficinas de alta costura de Jean Patou.
Seus primeiros desenhos próprios foram na Chloé, e depois começou a colaborar com a Fendi, antes de o presidente da Chanel, Alain Wertheimer, oferecer a ele o desafio de reviver uma casa que permanecia estagnada após uma década de ausência da fundadora, a histórica Coco.
Ontem ele surpreendeu a indústria com a encenação de um cassino para seu desfile na Chanel e hoje monopolizou toda a atenção com esta polêmica coleção de "alta peleteria".
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