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Umas das melhores vistas do mundo, da Torre da Liberdade, é inaugurada em NY

20/05/2015 19h07

Anna Buj.

Nova York, 20 mai (EFE).- O edifício One World Trade Center de Nova York, mais conhecido como Torre da Liberdade, inaugurou nesta quarta-feira seu novo observatório que, a 381,25 metros de altura, oferece uma apavorante vista de Manhattan, Brooklyn e Nova Jersey.

"Não só é a melhor vista de Manhattan, é a melhor vista do mundo!", ressaltou à Agência Efe Dave Kerschner, o presidente da Legends, empresa que opera o observatório e que investiu US$ 85 milhões na construção da atração nos últimos andares do edifício mais alto do ocidente.

Se as condições meteorológicas permitirem, os visitantes podem ter visão de 80 quilômetros de distância do horizonte a partir das janelas dos andares 100, 101 e 102. É, literalmente, ver desde as mesmas nuvens que em muitos dias ocultam o topo do arranha-céu.

"Estou muito orgulhoso por todos homens e mulheres que trabalharam muito duro. Os arquitetos imaginaram o conceito, os construtores que o tornaram real e todo mundo que trabalhou para que esta atração seja o que é hoje", afirmou Kerschner.

Mas, além de uma posição geográfica estratégica que permita identificar lugares tão emblemáticos como o Empire State, a ponte do Brooklyn e a Estátua da Liberdade, o One World Trade Center tem uma grande carga simbólica enorme por ter sido construído no terreno em que até 2001 existiam as Torres Gêmeas, líderes do skyline novaiorquino.

"Não acho que ninguém seja capaz de esquecer jamais, mas nosso ponto de vista é ser sempre respeitoso com o fato, mas ao mesmo tempo, ser muito otimistas sobre o futuro e contar uma história sobre hoje e sobre o que está por vir", esclareceu Kerschner.

Destinada a mostrar o orgulho da recuperação nova-iorquina após a tragédia, a torre e sua agulha têm exatamente 1.776 pés de altura (542 metros), em referência ao ano da declaração de independência dos Estados Unidos, e daí deriva seu patriótico apelido.

Sem uma nova homenagem às cerca de três mil vítimas dos atentados terroristas em Nova York - o observatório dará entradas aos familiares e aos bombeiros que trabalharam no resgate, a única lembrança do 11/9 se articula no uso de tecnologias de ponta, que surpreendem ao longo da visita.

Assim, ao subir ao observatório de elevador no tempo recorde de 47 segundos, os visitantes se deparam com um vídeo que simula janelas e mostram a evolução de Nova York desde sua fundação e até hoje em uma "representação razoavelmente fiel" que mostra as Torres Gêmeas durante os anos em que fizeram parte da silhueta da 'Big Apple'.

"As pessoas que viram o vídeo acharam que o tratamos de forma correta e muito respeitosa", disse o presidente da Legends sobre a experiência, que tem versão noturna.

As novas tecnologias também têm papel de destaque antes de chegar no topo, com um mapa interativo na entrada que identifica a nacionalidade dos visitantes em tempo real, um vídeo que mostra o processo de construção do edifício e as vozes dos trabalhadores que o construíram, e uma aparente caverna de rocha que lembra o principal material do edifício.

Uma vez nas alturas começa a experiência "See Forever" (veja para sempre) com um vídeo de dois minutos, cuja tela se eleva até revelar a incrível panorâmica de Nova York desde o quarto edifício mais alto do mundo.

"Ver para sempre significa tantas coisas, significa ver hoje e no amanhã, significa ver para sempre, ver a 50 milhas (80 km) daqui. Ver para sempre é todas as possibilidades que a vida tem a oferecer", ponderou Kerschner.

As novas tecnologias também se adaptam à panorâmica com um anel e um zelador interativos que explicam as principais atrações de Nova York com somente um movimento de braços, ou com "Sky Portal", um disco circular de 4,27 metros de diâmetro que permite ver as ruas vizinhas à torre em tempo real.

Com sua abertura ao público no próximo dia 29 de maio, o observatório do One World Trade Center põe o ponto final a um processo para ocupar o vazio deixado há 13 anos pelas "Torres Gêmeas" e dá o empurrão definitivo à recuperação do baixo Manhattan depois da tragédia.