Imagem inédita de William Shakespeare revela sua verdadeira identidade
Adrián Blanco.
Londres, 19 mai (EFE).- Um retrato até agora inédito de William Shakespeare, no qual aparece com uma toga romana e segurando uma planta e uma espiga de milho, revela a verdadeira aparência do genial dramaturgo.
O historiador britânico Mark Griffiths garante ter descoberto em um livro de botânica do século XVI a única imagem do artista (1564-1616) feita em vida, um achado apresentado nesta terça-feira pela revista "Country Life".
Nas páginas do livro, aparecem diferentes desenhos de elementos da natureza e vários retratos de inspiração clássica de personalidades da época, entre elas o famoso poeta, que usa barba e tem o cabelo encaracolado e uma coroa de louros em referência, de acordo com o historiador, ao deus romano Apolo e aos poetas clássicos Virgílio e Ovídio.
"É um retrato de Shakespeare com 33 anos, vestido com roupas de poeta. Assim é como era realmente. Finalmente existe uma prova de qual era sua aparência", explica à Agência Efe Griffiths.
Até agora, as únicas imagens conhecidas de Shakespeare eram a que aparece no "First Folio", a primeira coleção publicada de peças teatrais de Shakespeare, e a do monumento da Igreja Holy Trinity, em Stratford-upon-Avon, ambas criadas após a morte do dramaturgo.
Griffiths conta que trabalhava em uma biografia do botânico britânico John Gerard (1545-1612) em 2012, após ter estudado durante anos sua obra, quando reparou um desenho que aparecia em um de seus livros.
Em princípio, não foi capaz de identificar o retrato de um dos indivíduos que aparecia no livro "The Herball", publicado no século XVI e que conta com 1.464 páginas, o maior livro de botânica escrito em inglês. Após analisar a figura, Griffiths interpretou um código da época da dinastia dos reis Tudor, que lhe levou à conclusão que o retrato pertencia a William Shakespeare.
"No início, foi difícil de acreditar que alguém tão famoso, tão universalmente conhecido como Shakespeare, pudesse ter passado despercebido naquela folha durante tanto tempo", diz Griffiths.
O código que ele decifrou está composto por pictogramas, diversos símbolos heráldicos, números e flores emblemáticas utilizadas à época para identificar nomes e posições sociais. A gravura é atribuída a William Rogers e acredita-se que só há de dez a 15 cópias desta obra que contém o retrato de um dos maiores dramaturgos de todos os tempos.
Na imagem que Griffiths descobriu, Shakespeare sustenta na mão direita uma fritillaria, planta bulbosa da família Liliaceae, e na mão esquerda uma espiga de milho. Estas plantas, segundo o historiador, guardavam uma "mensagem cifrada" que foi fundamental para identificar que o retrato era de Shakespeare, já que o escritor faz referência a elas em suas narrativas e poemas.
Para o diretor de "Country Life", Mark Hedges, a identificação da imagem é a "descoberta literária do século" e o momento "mais importante" da revista.
"Temos um novo retrato de Shakespeare, o primeiro que se conserva e que foi realizado durante a vida do poeta e dramaturgo", comemora Hedges, ressaltando que trabalharam durante meses para garantir sua autenticidade.
Sobre o autor da descoberta, ele destaca que é um "especialista" que conhece à perfeição o papel da flora na literatura inglesa do século XVI, por isso conta com "condições inigualáveis que lhe permitiram descobrir o retrato".
"Shakespeare foi estudado durante anos, mas ninguém conhecia, até o momento, qual era a aparência do melhor dramaturgo de todos os tempos", lembra Hedges.
A descoberta é feita um ano antes de completar 400 anos da morte de William Shakespeare, que será lembrada com atos em todo o Reino Unido, especialmente em Stratford-upon-Avon, sua cidade natal.
Londres, 19 mai (EFE).- Um retrato até agora inédito de William Shakespeare, no qual aparece com uma toga romana e segurando uma planta e uma espiga de milho, revela a verdadeira aparência do genial dramaturgo.
O historiador britânico Mark Griffiths garante ter descoberto em um livro de botânica do século XVI a única imagem do artista (1564-1616) feita em vida, um achado apresentado nesta terça-feira pela revista "Country Life".
Nas páginas do livro, aparecem diferentes desenhos de elementos da natureza e vários retratos de inspiração clássica de personalidades da época, entre elas o famoso poeta, que usa barba e tem o cabelo encaracolado e uma coroa de louros em referência, de acordo com o historiador, ao deus romano Apolo e aos poetas clássicos Virgílio e Ovídio.
"É um retrato de Shakespeare com 33 anos, vestido com roupas de poeta. Assim é como era realmente. Finalmente existe uma prova de qual era sua aparência", explica à Agência Efe Griffiths.
Até agora, as únicas imagens conhecidas de Shakespeare eram a que aparece no "First Folio", a primeira coleção publicada de peças teatrais de Shakespeare, e a do monumento da Igreja Holy Trinity, em Stratford-upon-Avon, ambas criadas após a morte do dramaturgo.
Griffiths conta que trabalhava em uma biografia do botânico britânico John Gerard (1545-1612) em 2012, após ter estudado durante anos sua obra, quando reparou um desenho que aparecia em um de seus livros.
Em princípio, não foi capaz de identificar o retrato de um dos indivíduos que aparecia no livro "The Herball", publicado no século XVI e que conta com 1.464 páginas, o maior livro de botânica escrito em inglês. Após analisar a figura, Griffiths interpretou um código da época da dinastia dos reis Tudor, que lhe levou à conclusão que o retrato pertencia a William Shakespeare.
"No início, foi difícil de acreditar que alguém tão famoso, tão universalmente conhecido como Shakespeare, pudesse ter passado despercebido naquela folha durante tanto tempo", diz Griffiths.
O código que ele decifrou está composto por pictogramas, diversos símbolos heráldicos, números e flores emblemáticas utilizadas à época para identificar nomes e posições sociais. A gravura é atribuída a William Rogers e acredita-se que só há de dez a 15 cópias desta obra que contém o retrato de um dos maiores dramaturgos de todos os tempos.
Na imagem que Griffiths descobriu, Shakespeare sustenta na mão direita uma fritillaria, planta bulbosa da família Liliaceae, e na mão esquerda uma espiga de milho. Estas plantas, segundo o historiador, guardavam uma "mensagem cifrada" que foi fundamental para identificar que o retrato era de Shakespeare, já que o escritor faz referência a elas em suas narrativas e poemas.
Para o diretor de "Country Life", Mark Hedges, a identificação da imagem é a "descoberta literária do século" e o momento "mais importante" da revista.
"Temos um novo retrato de Shakespeare, o primeiro que se conserva e que foi realizado durante a vida do poeta e dramaturgo", comemora Hedges, ressaltando que trabalharam durante meses para garantir sua autenticidade.
Sobre o autor da descoberta, ele destaca que é um "especialista" que conhece à perfeição o papel da flora na literatura inglesa do século XVI, por isso conta com "condições inigualáveis que lhe permitiram descobrir o retrato".
"Shakespeare foi estudado durante anos, mas ninguém conhecia, até o momento, qual era a aparência do melhor dramaturgo de todos os tempos", lembra Hedges.
A descoberta é feita um ano antes de completar 400 anos da morte de William Shakespeare, que será lembrada com atos em todo o Reino Unido, especialmente em Stratford-upon-Avon, sua cidade natal.
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