Exposição em SP "acende" memórias "pré-humanas" com obras polifacéticas
Daniel Muñoz.
São Paulo, 12 mai (EFE).- Em sua primeira exposição individual, a artista plástica Thelma Vilas Boas apresenta em São Paulo suas obras criadas em diferentes plataformas, como quadros, vídeos, cubos de luz e um arco voltaico para "acender" as memórias "pré-humanas" intrínsecas em nossas células.
Com influências científicas, como a própria artista relata, o cubo de luz, depois do contato com o público, se transformará em uma visualização de "um universo" nas paredes escuras da sala da Galeria Mezanino, na região central de São Paulo.
Com o arco voltaico, Vilas Boas cria energia a partir de um choque de átomos de carvão nas pontas da figura, para "encantar" o público com uma leitura diferente da energia que deu "origem ao universo".
O restabelecimento das relações do homem com o mundo, que de acordo com ela está fora de sintonia, é o propósito da exposição "Nada Interessa Mais", que tem a curadoria de María Íñigo Clavo, especialista espanhola em arte radicada em Londres.
"Minha formação como fotógrafa - não sou boa desenhista - me dá uma grande expectativa de oferecer alguma coisa impactante ou inédita e, justamente nesse tipo de questão, fui por trás da definição do sublime" disse à Efe a artista, de 48 anos.
Inspirada no filósofo irlandês Edmund Burke, que define o sublime como "arrebatamento, vertigem", a primeira exposição individual de Vilas Boas foi motivada por algo que vai além do "político, do gênero ou das questões contemporâneas"
O quadro que abre a exposição foi criado com base nos sete volumes de "Em busca do tempo perdido", do francês Marcel Proust, que, como lembrou Vilas Boas, ativava o tempo e a memória mordendo uma 'madeleine' com uma xícara de chá.
Sobre a interação com o público, a artista afirmou que, com seu trabalho, "qualquer reação é possível e deve ser aceita", e é esse tipo de atitude "que diz de alguma forma como o homem encara uma situação".
"Espero que todas as interações e impressões que o público deixar na exposição possam me trazer novas ideias e interpretações", concluiu a artista.
A exposição permanecerá em cartaz até 6 de junho, sob supervisão de Íñigo Calvo, artista e doutora em artes pela Universidade Complutense de Madri, especialista em multiculturalismo, teorias pós-coloniais e expressões artísticas da América Latina.
São Paulo, 12 mai (EFE).- Em sua primeira exposição individual, a artista plástica Thelma Vilas Boas apresenta em São Paulo suas obras criadas em diferentes plataformas, como quadros, vídeos, cubos de luz e um arco voltaico para "acender" as memórias "pré-humanas" intrínsecas em nossas células.
Com influências científicas, como a própria artista relata, o cubo de luz, depois do contato com o público, se transformará em uma visualização de "um universo" nas paredes escuras da sala da Galeria Mezanino, na região central de São Paulo.
Com o arco voltaico, Vilas Boas cria energia a partir de um choque de átomos de carvão nas pontas da figura, para "encantar" o público com uma leitura diferente da energia que deu "origem ao universo".
O restabelecimento das relações do homem com o mundo, que de acordo com ela está fora de sintonia, é o propósito da exposição "Nada Interessa Mais", que tem a curadoria de María Íñigo Clavo, especialista espanhola em arte radicada em Londres.
"Minha formação como fotógrafa - não sou boa desenhista - me dá uma grande expectativa de oferecer alguma coisa impactante ou inédita e, justamente nesse tipo de questão, fui por trás da definição do sublime" disse à Efe a artista, de 48 anos.
Inspirada no filósofo irlandês Edmund Burke, que define o sublime como "arrebatamento, vertigem", a primeira exposição individual de Vilas Boas foi motivada por algo que vai além do "político, do gênero ou das questões contemporâneas"
O quadro que abre a exposição foi criado com base nos sete volumes de "Em busca do tempo perdido", do francês Marcel Proust, que, como lembrou Vilas Boas, ativava o tempo e a memória mordendo uma 'madeleine' com uma xícara de chá.
Sobre a interação com o público, a artista afirmou que, com seu trabalho, "qualquer reação é possível e deve ser aceita", e é esse tipo de atitude "que diz de alguma forma como o homem encara uma situação".
"Espero que todas as interações e impressões que o público deixar na exposição possam me trazer novas ideias e interpretações", concluiu a artista.
A exposição permanecerá em cartaz até 6 de junho, sob supervisão de Íñigo Calvo, artista e doutora em artes pela Universidade Complutense de Madri, especialista em multiculturalismo, teorias pós-coloniais e expressões artísticas da América Latina.
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