Sob forte segurança e polêmica, "Charlie Hebdo" recebe prêmio PEN nos EUA
Nova York, 5 mai (EFE).- A cerimônia de entrega do prêmio PEN à liberdade de expressão para a revista humorística francesa "Charlie Hebdo" nesta terça-feira (data local), em Nova York, foi marcada por um forte esquema de segurança e da divisão de opiniões dentro da própria organização.
Depois de seis membros do PEN American Center terem mostrado sua oposição à decisão no final de abril, sendo apoiados por outros 140 integrantes, a "Charlie Hebdo", vítima de um atentado em Paris em janeiro do ano passado, recebeu finalmente a premiação em evento realizado no Museu de História Natural.
O redator chefe da publicação francesa, Gérard Biard, e Jean-Baptiste Thoret, que chegou tarde para trabalhar no dia do atentado, compareceram à cerimônia e enviaram uma mensagem clara para os autores do ataque: "Eles não querem que debatamos e nós devemos debater".
Nunca o prêmio de literatura precisou de tanto reforço na segurança. Porém, como os homenageados são alvos do terrorismo radical, a organização optou pela cautela. Especialmente depois do ataque ocorrido no último domingo, no Texas, contra uma exposição de charges do profeta Maomé.
"A missão de satirizar os temas sagrados permanece. Estar impressionado é parte do debate democrático. Ser atacado a tiros, não", explicou Biard, confirmando a coragem reconhecida pelo núcleo do PEN American Center.
A organização, ao anunciar a "Charlie Hebdo" como vencedora do prêmio, afirmou que depois de ter pago "o preço definitivo" pelo exercício da liberdade de expressão, a revista merecia ser reconhecida por enfrentar um dos atentados "mais nocivos na memória recente".
Porém, vários escritores decidiram cancelar a participação na cerimônia por considerarem que, apesar da tragédia, a revista representa a "intolerância cultural".
Depois de seis membros do PEN American Center terem mostrado sua oposição à decisão no final de abril, sendo apoiados por outros 140 integrantes, a "Charlie Hebdo", vítima de um atentado em Paris em janeiro do ano passado, recebeu finalmente a premiação em evento realizado no Museu de História Natural.
O redator chefe da publicação francesa, Gérard Biard, e Jean-Baptiste Thoret, que chegou tarde para trabalhar no dia do atentado, compareceram à cerimônia e enviaram uma mensagem clara para os autores do ataque: "Eles não querem que debatamos e nós devemos debater".
Nunca o prêmio de literatura precisou de tanto reforço na segurança. Porém, como os homenageados são alvos do terrorismo radical, a organização optou pela cautela. Especialmente depois do ataque ocorrido no último domingo, no Texas, contra uma exposição de charges do profeta Maomé.
"A missão de satirizar os temas sagrados permanece. Estar impressionado é parte do debate democrático. Ser atacado a tiros, não", explicou Biard, confirmando a coragem reconhecida pelo núcleo do PEN American Center.
A organização, ao anunciar a "Charlie Hebdo" como vencedora do prêmio, afirmou que depois de ter pago "o preço definitivo" pelo exercício da liberdade de expressão, a revista merecia ser reconhecida por enfrentar um dos atentados "mais nocivos na memória recente".
Porém, vários escritores decidiram cancelar a participação na cerimônia por considerarem que, apesar da tragédia, a revista representa a "intolerância cultural".
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