Ben E. King, a trilha sonora de todas as histórias de amor
Raquel Godos.
Washington, 1 mai (EFE).- Sua voz se apagou hoje, mas as letras e as canções do cantor americano Ben E. King ficarão para sempre na história da música, onde conquistaram espaço há mais de 50 anos e se tornaram trilha sonora inevitável de todas as histórias de amor.
Lá pelos anos 40, quando o pequeno Benjamin Earl Nelson cantava no coro da igreja de sua cidade na Carolina do Norte, ninguém poderia imaginar que daquela criança doente sairiam as baladas que narraram grande parte dos romances e desamores da segunda metade do século XX em todo o planeta.
Seu grande clássico, a conhecidíssima "Stand by me", tem pelo menos 400 covers autorizados, alguns deles por artistas da estatura de John Lennon e Jimi Hendrix, U2, o roqueiro Bruce Springsteen ou Eric Clapton e Phill Collins.
Já no ensino médio, o jovem Ben teve a oportunidade de entrar no grupo vocal The Moonglows, mas ainda era inexperiente demais para um passo tão grande, e continuou cantando no restaurante de seu pai, depois de se mudarem para o Harlem, em Nova York, até se tornar o cantor da banda de bibop The Five Crowns, embrião do grupo que lideraria mais tarde, The Drifters.
Com eles começou a caminhar para o sucesso. No começo de 1959 chegaram a gravar em estúdio com os míticos compositores e produtores Jerry Leiber e Mike Stoller, que também ajudaram no começo das carreiras de Elvis Presley, The Coasters e The Shangri-Las.
Leiber e Stoller deram a The Drifters a confiança para gravar seus primeiros discos e foram os autores de muitos de seus sucessos.
King, ainda usando o sobrenome Nelson, é co-autor de outro dos clássicos da música contemporânea, "There Goes My Baby", um tema que fez sua carreira decolar, e assentou as bases para o grande futuro que o esperava com composições como "Dance With Me", "This Magic Moment" ou "Save the Last Dance for Me".
Em 1960, a estrela do soul iniciou sua carreira solo com "Spanish Harlem", outro de seus sucessos, escrita junto com Leiber e Phil Spector, assim como "Stand By Me", uma canção que já tinha escrito com Leiber e Stoller e que nunca teve boa recepção dentro do grupo.
"Entrei em nosso escritório, e Jerry e Benny estavam trabalhando nas letras", lembrou Stoller sobre quando compuseram a canção.
"Benny começou a cantar e fui para o piano. Escolhemos os acordes, a melodia do baixo e Jerry disse: 'Agora temos um hit! E tinha razão'", contou o produtor.
Hoje, em entrevista à revista Rolling Stone, Stoller confessou que a morte do cantor foi para ele "um verdadeiro choque" e relembrou o momento em que o conheceu, com sua voz "surpreendentemente cálida e madura para um jovem de 20 e poucos anos".
Aquela canção inesquecível alcançou inúmeros reconhecimentos, desde um lugar especial na lista das 500 melhores canções da revista Rolling Stone, a entrar no registro de Gravações da Biblioteca Nacional do Congresso dos Estados Unidos.
"Acho que este é um dos melhores momentos da minha vida", disse King quando "Stand by me" tocou na maior biblioteca do mundo. "Pensar que meus filhos e os filhos dos meus filhos um dia olharão aí e dirão: 'Wow', isso é o que o vovô fez'". E como.
Washington, 1 mai (EFE).- Sua voz se apagou hoje, mas as letras e as canções do cantor americano Ben E. King ficarão para sempre na história da música, onde conquistaram espaço há mais de 50 anos e se tornaram trilha sonora inevitável de todas as histórias de amor.
Lá pelos anos 40, quando o pequeno Benjamin Earl Nelson cantava no coro da igreja de sua cidade na Carolina do Norte, ninguém poderia imaginar que daquela criança doente sairiam as baladas que narraram grande parte dos romances e desamores da segunda metade do século XX em todo o planeta.
Seu grande clássico, a conhecidíssima "Stand by me", tem pelo menos 400 covers autorizados, alguns deles por artistas da estatura de John Lennon e Jimi Hendrix, U2, o roqueiro Bruce Springsteen ou Eric Clapton e Phill Collins.
Já no ensino médio, o jovem Ben teve a oportunidade de entrar no grupo vocal The Moonglows, mas ainda era inexperiente demais para um passo tão grande, e continuou cantando no restaurante de seu pai, depois de se mudarem para o Harlem, em Nova York, até se tornar o cantor da banda de bibop The Five Crowns, embrião do grupo que lideraria mais tarde, The Drifters.
Com eles começou a caminhar para o sucesso. No começo de 1959 chegaram a gravar em estúdio com os míticos compositores e produtores Jerry Leiber e Mike Stoller, que também ajudaram no começo das carreiras de Elvis Presley, The Coasters e The Shangri-Las.
Leiber e Stoller deram a The Drifters a confiança para gravar seus primeiros discos e foram os autores de muitos de seus sucessos.
King, ainda usando o sobrenome Nelson, é co-autor de outro dos clássicos da música contemporânea, "There Goes My Baby", um tema que fez sua carreira decolar, e assentou as bases para o grande futuro que o esperava com composições como "Dance With Me", "This Magic Moment" ou "Save the Last Dance for Me".
Em 1960, a estrela do soul iniciou sua carreira solo com "Spanish Harlem", outro de seus sucessos, escrita junto com Leiber e Phil Spector, assim como "Stand By Me", uma canção que já tinha escrito com Leiber e Stoller e que nunca teve boa recepção dentro do grupo.
"Entrei em nosso escritório, e Jerry e Benny estavam trabalhando nas letras", lembrou Stoller sobre quando compuseram a canção.
"Benny começou a cantar e fui para o piano. Escolhemos os acordes, a melodia do baixo e Jerry disse: 'Agora temos um hit! E tinha razão'", contou o produtor.
Hoje, em entrevista à revista Rolling Stone, Stoller confessou que a morte do cantor foi para ele "um verdadeiro choque" e relembrou o momento em que o conheceu, com sua voz "surpreendentemente cálida e madura para um jovem de 20 e poucos anos".
Aquela canção inesquecível alcançou inúmeros reconhecimentos, desde um lugar especial na lista das 500 melhores canções da revista Rolling Stone, a entrar no registro de Gravações da Biblioteca Nacional do Congresso dos Estados Unidos.
"Acho que este é um dos melhores momentos da minha vida", disse King quando "Stand by me" tocou na maior biblioteca do mundo. "Pensar que meus filhos e os filhos dos meus filhos um dia olharão aí e dirão: 'Wow', isso é o que o vovô fez'". E como.
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