García Márquez foi promotor do jornalismo 'tuiteiro', diz amigo do escritor
Bogotá, 24 abr (EFE).- A Feira Internacional do Livro de Bogotá (Filbo) lembrou nesta sexta-feira a faceta jornalística de Gabriel García Márquez, qualificando-o de promotor de um estilo 'tuiteíro' de comunicação durante sua etapa à frente do jornal "El Comprimido", um breve periódico que circulou entre 18 e 23 de setembro de 1951.
"O que hoje vocês chamam de Twitter era a notícia para nós", assinalou Guillermo Dávila, conhecido como "O Mago" e co-fundador do jornal, no colóquio "O jornal que só durou seis dias", junto como diretor da Fundação Gabriel García Márquez para o Novo Jornalismo Ibero-americano (FNPI), Jaime Abello.
Dávila lembrou diversas conversas que teve com Gabo em que destacaram a necessidade de "economizar tinta, palavras, adjetivos e superlativos", o que tornava as matérias curtas e diretas, como pode se observar hoje no Twitter, a rede social de 140 caracteres.
Uma vez estipulada os parâmetros para a fundação do jornal, o futuro nobel colombiano perguntou ao Mago como fazer o veículo, ao que ele respondeu: "pequenino, pequeno e vespertino", lembrou.
Dávila tinha então umas economias e decidiu investir no projeto, que deveria substituir o "El Fígaro", um dos três que circularam então na cidade de Cartagena, no Caribe colombiano, e que tinha sido extinto.
"El Comprimido", nascido em uma época de forte censura, explicou Abello, tinha tamanho de "meia carta, com quatro paginas por edição e a pequena tiragem de mil exemplares", que eram distribuídos gratuitamente pelos dois criadores do jornal.
"Nem bem a tinta secava, já sujava a camisa e saía correndo, e entregava a todos que passavam", comentou o Mago.
Ele destacou que naquela época Cartagena "estava adormecida, pensava só em beisebol e nas rainhas de beleza", por isso Gabo tinha com o jornal "vontade de sacudi-la e dar um impulso político à cidade".
Dávila estava à frente da impressão, conduzia o linotipo, uma máquina que mecanizava o processo de composição do texto.
Abello destacou que García Márquez se movimentou muito "pela nostalgia de quando teve seu próprio jornal", o que só foi possível por ter um sócio e amigo em Dávila.
Esta edição da Filbo tem como convidado de honra Macondo, o universo mágico criado por Gabriel García Márquez e eternizado em "Cem Anos de Solidão".
"O que hoje vocês chamam de Twitter era a notícia para nós", assinalou Guillermo Dávila, conhecido como "O Mago" e co-fundador do jornal, no colóquio "O jornal que só durou seis dias", junto como diretor da Fundação Gabriel García Márquez para o Novo Jornalismo Ibero-americano (FNPI), Jaime Abello.
Dávila lembrou diversas conversas que teve com Gabo em que destacaram a necessidade de "economizar tinta, palavras, adjetivos e superlativos", o que tornava as matérias curtas e diretas, como pode se observar hoje no Twitter, a rede social de 140 caracteres.
Uma vez estipulada os parâmetros para a fundação do jornal, o futuro nobel colombiano perguntou ao Mago como fazer o veículo, ao que ele respondeu: "pequenino, pequeno e vespertino", lembrou.
Dávila tinha então umas economias e decidiu investir no projeto, que deveria substituir o "El Fígaro", um dos três que circularam então na cidade de Cartagena, no Caribe colombiano, e que tinha sido extinto.
"El Comprimido", nascido em uma época de forte censura, explicou Abello, tinha tamanho de "meia carta, com quatro paginas por edição e a pequena tiragem de mil exemplares", que eram distribuídos gratuitamente pelos dois criadores do jornal.
"Nem bem a tinta secava, já sujava a camisa e saía correndo, e entregava a todos que passavam", comentou o Mago.
Ele destacou que naquela época Cartagena "estava adormecida, pensava só em beisebol e nas rainhas de beleza", por isso Gabo tinha com o jornal "vontade de sacudi-la e dar um impulso político à cidade".
Dávila estava à frente da impressão, conduzia o linotipo, uma máquina que mecanizava o processo de composição do texto.
Abello destacou que García Márquez se movimentou muito "pela nostalgia de quando teve seu próprio jornal", o que só foi possível por ter um sócio e amigo em Dávila.
Esta edição da Filbo tem como convidado de honra Macondo, o universo mágico criado por Gabriel García Márquez e eternizado em "Cem Anos de Solidão".
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