Índia corta transmissão da "Al Jazeera" por causa de mapas da Caxemira
Nova Délhi, 22 abr (EFE).- As autoridades da Índia suspenderam durante cinco dias a transmissão da televisão "Al Jazeera" em inglês por mostrar mapas da região da Caxemira dividida entre Índia, Paquistão e China, informou o canal.
"De acordo com as instruções do Ministério de Informação e Comunicação, este canal não estará disponível a partir de 00h01 de 22 de abril de 2015 até à 00h01 de 27 de abril de 2015", indicou a televisão catariana em uma tela sobre fundo azul na frequência usada na Índia.
O chefe no país asiático desta emissora, Anmol Saxena, confirmou à Agência Efe a suspensão decretada pelo Ministério de Informação e Comunicação.
A decisão ministerial "concerne a mapas do Paquistão mostrados no canal que, em algumas ocasiões durante 2013 e 2014, não marcaram a Caxemira controlada pelo Paquistão como um território separado", explicou a "Al-Jazeera".
"As mapas produzidos por software externo dão o mesmo tratamento à Caxemira controlada pela Índia, embora isto não tenha sido matéria de queixas similares", acrescentou.
A emissora mantém que garantiu "desde 22 de setembro de 2014 que todas as fronteiras fossem marcadas com linhas de pontos e sombreados diferentes".
O Ministério indiano tomou a decisão depois de o supervisor geral da Índia, Swarna Subba Rao, do departamento de Mapas do país asiático, e o Ministério das Relações Exteriores advertissem que "uma porção do território indiano de Jammu e Caxemira (PoK e Aksai Chin) não estava sendo mostrado como parte" do país, como é estabelecido pelo Ministério da Defesa.
A decisão, divulgada pela imprensa local, se refere a PoK, sigla em inglês de "Caxemira ocupada pelo Paquistão", enquanto Aksai Chin é uma área sob controle chinês e reivindicada pela Índia.
O diretor-executivo da "Al Jazeera" em inglês, Al Anstey, qualificou a medida de "resposta desproporcional a um assunto que se resolveu rapidamente" e declarou no comunicado que "este é o último de uma série de conflitos".
Anstey denunciou a negação de vistos a jornalistas deste canal há anos e outros obstáculos e limitações ao trabalho do veículo na Índia.
O corte afeta a transmissão da Al-Jazeera nas quatro plataformas televisivas em que está disponível na Índia, mas continuará disponível através da internet, de aplicativos e pelas redes sociais.
Não é a primeira vez que um meio de comunicação se vê afetado pela censura na Índia por causa do debate sobre os limites da Caxemira.
A revista britânica "The Economist" acusou em 2011 as autoridades indianas de censura após ser obrigada a colocar manualmente adesivos em sua publicação para corrigir um mapa da Caxemira dividida entre Índia, Paquistão e China.
Jammu e Caxemira é o único estado indiano de maioria muçulmana e o Paquistão reivindica sua completa soberania desde a partilha do subcontinente em 1947 após o fim do domínio colonial britânico.
A Índia e o Paquistão tiveram duas guerras e vários conflitos menores por esta região, situada aos pés do Himalaia.
No caso da China, a Índia reivindica a área de Aksai Chin, sob controle chinês. Em 1962 os dois países chegaram à guerra por essa disputa territorial, igualmente herdada da época colonial.
"De acordo com as instruções do Ministério de Informação e Comunicação, este canal não estará disponível a partir de 00h01 de 22 de abril de 2015 até à 00h01 de 27 de abril de 2015", indicou a televisão catariana em uma tela sobre fundo azul na frequência usada na Índia.
O chefe no país asiático desta emissora, Anmol Saxena, confirmou à Agência Efe a suspensão decretada pelo Ministério de Informação e Comunicação.
A decisão ministerial "concerne a mapas do Paquistão mostrados no canal que, em algumas ocasiões durante 2013 e 2014, não marcaram a Caxemira controlada pelo Paquistão como um território separado", explicou a "Al-Jazeera".
"As mapas produzidos por software externo dão o mesmo tratamento à Caxemira controlada pela Índia, embora isto não tenha sido matéria de queixas similares", acrescentou.
A emissora mantém que garantiu "desde 22 de setembro de 2014 que todas as fronteiras fossem marcadas com linhas de pontos e sombreados diferentes".
O Ministério indiano tomou a decisão depois de o supervisor geral da Índia, Swarna Subba Rao, do departamento de Mapas do país asiático, e o Ministério das Relações Exteriores advertissem que "uma porção do território indiano de Jammu e Caxemira (PoK e Aksai Chin) não estava sendo mostrado como parte" do país, como é estabelecido pelo Ministério da Defesa.
A decisão, divulgada pela imprensa local, se refere a PoK, sigla em inglês de "Caxemira ocupada pelo Paquistão", enquanto Aksai Chin é uma área sob controle chinês e reivindicada pela Índia.
O diretor-executivo da "Al Jazeera" em inglês, Al Anstey, qualificou a medida de "resposta desproporcional a um assunto que se resolveu rapidamente" e declarou no comunicado que "este é o último de uma série de conflitos".
Anstey denunciou a negação de vistos a jornalistas deste canal há anos e outros obstáculos e limitações ao trabalho do veículo na Índia.
O corte afeta a transmissão da Al-Jazeera nas quatro plataformas televisivas em que está disponível na Índia, mas continuará disponível através da internet, de aplicativos e pelas redes sociais.
Não é a primeira vez que um meio de comunicação se vê afetado pela censura na Índia por causa do debate sobre os limites da Caxemira.
A revista britânica "The Economist" acusou em 2011 as autoridades indianas de censura após ser obrigada a colocar manualmente adesivos em sua publicação para corrigir um mapa da Caxemira dividida entre Índia, Paquistão e China.
Jammu e Caxemira é o único estado indiano de maioria muçulmana e o Paquistão reivindica sua completa soberania desde a partilha do subcontinente em 1947 após o fim do domínio colonial britânico.
A Índia e o Paquistão tiveram duas guerras e vários conflitos menores por esta região, situada aos pés do Himalaia.
No caso da China, a Índia reivindica a área de Aksai Chin, sob controle chinês. Em 1962 os dois países chegaram à guerra por essa disputa territorial, igualmente herdada da época colonial.
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