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Tate Modern reabrirá suas portas em junho com inovação e mais espaço

18/04/2015 15h16

Londres, 18 abr (EFE).- A Tate Modern de Londres, o museu de arte contemporânea mais visitado do mundo, abrirá as portas de suas novas instalações no próximo dia 17 de junho, com um espaço 60% maior e uma apresentação inovadora de suas coleções.

O diretor do grupo Tate, Nicholas Serota, afirmou que "a nova" Tate Modern é um instrumento que permite "oferecer uma rica variedade de experiências" a seus visitantes, e aos artistas "a oportunidade" de mostrar suas criações de "diferentes maneiras".

Com a renovação a cargo do estúdio suíço dos arquitetos Jacques Herzog e Pierre de Meuron, o museu, que recebe anualmente cinco milhões de visitantes, se transformará no "maior edifício cultural do Reino Unido nos últimos 20 anos".

Quando abrir ao público, o espaço contará com obras inovadoras, que mesclam as mais reconhecidas aquisições da coleção a outras mais recentes, desde a abertura da galeria no ano 2000, em uma antiga central elétrica encravada nas margens sul do rio Tâmisa.

O museu, cuja remodelação custou 260 milhões de libras (R$ 1,29 bilhão) exibirá as criações de mais de 250 artistas de cerca de 50 países. A exposição mostrará a evolução do modernismo, desde os salões nos quais nasceu, até os projetos e espetáculos ao vivo que interagem com a sociedade atual.

"A arte é uma das manifestações mais dinâmicas e comprometidas do comportamento humano. Atualmente, quando as pessoas vão a um museu, elas não querem ver obras distantes de suas próprias vidas, elas querem contemplar a arte que lhes aproxima a sua experiência vital. A nova Tate Modern será muito mais que um mero lugar que contém arte. Será uma plataforma para favorecer encontros humanos", explicou o diretor do museu, Chris Dercon.

A Sala das Turbinas será o coração da nova instalação, com a já conhecida Sala das Caldeiras, de seis andares, de um lado, e a nova Sala de Comutadores, de dez andares e que se eleva sobre os tanques de combustível, de outro lado. Esta sala contará com uma "espetacular" variedade de espaços para os visitantes e para a arte.

A renovada Tate Modern estará também rodeada de novos espaços urbanos, que completam a transformação do complexo, que passa de um espaço fechado e industrial a um lugar aberto e público.

A galeria oferecerá uma perspectiva da arte moderna "mais diversa e internacional do que nunca", ao explorar a conexão entre os artistas de cidades de todo o mundo, de São Paulo a Tóquio, com tradicionais centros como Paris, Londres e Nova York.

Apresentações ao vivo, filmes, fotografias e instalações se integrarão às mostras e também haverá espaços para projetos digitais pioneiros, para a reflexão e o debate.

Obras de grandes artistas do século XX, como Pablo Picasso, Joseph Beuys e Mark Rothko, conviverão com outras de criadores conhecidos pelo grande público graças à Tate Modern, como o brasileiro Cildo Meireles, a libanesa Saloua Raouda Choucair e o beninense Meschac Gaba.

Muitas das novas aquisições serão expostas pela primeira vez em 2016, como uma instalação de pelo humano e para-lamas de carros realizada pela indiana Sheela Gowda; um quarto cheio de sacos de panos, obra da polonesa Magdalena Abakanowicz; e um filme do diretor tailandês premiado em Cannes, Apichatpong Weerasethakul.