Nélida Piñon diz que Eduardo Galeano manteve sua ideologia até o final

A escritora Nélida Piñon lamentou a morte do uruguaio Eduardo Galeano nesta segunda-feira (13) e disse que o autor foi "polêmico" e manteve suas posições ideológicas "até o final".
Piñon disse à Agência Efe que Galeano é um "grande" nome da literatura e uma "figura emblemática na América Latina". A escritora afirmou ainda que sua literatura tem uma "grande sedução verbal".
Galeano, que morreu hoje aos 74 anos em um hospital de Montevidéu, foi autor de "As Veias Abertas da América Latina", um livro fundamental para o pensamento dos movimentos de esquerda da região.
"Ele defendeu certas posições políticas e, de certo modo, não as abandonou. Foi com elas até o final", disse Piñon.
A autora lembrou que Galeano "sentia uma atração" pelo palco e que do palanque "podia esclarecer sua ideologia, sua postura moral e explicar como vivia esta nossa América Latina, moderna e arcaica".
A escritora brasileira também afirmou que, em suas obras, Galeano "fazia ligações de todos os tempos, do tempo do fogo ao dos cataclismos e da construção".
11 Comentários
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Obrigado Mestre. Nao há nada mais retrógrado e ultrapassado que ignorar a dor do próximo. Boa noite. OBs. Odeio Marx.
Uma pena não ter enxergado nem na idade da razão seu equivoco, com uma obra em que os latinos americanos são 'chapeuzinhos' engolidos por 'lobos maus'.