Morte de Galeano é perda para quem luta por região mais justa, afirma Dilma
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (13) que a morte do escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015) é uma "grande perda" para todos os que lutam por "uma América Latina mais inclusiva, justa e solidária". Dilma afirmou que este é um dia triste para todos os latino-americanos, que perderam um dos "escritores mais importantes" do continente.
"Aos uruguaios, aos amigos e à nossa imensa família latino-americana, quero prestar minhas homenagens e lembrar que continuamos caminhando com os olhos no horizonte, em nossa utopia", disse Dilma em comunicado oficial.
Galeano morreu nesta segunda-feira em um hospital de Montevidéu, aos 74 anos, após uma luta contra um câncer de pulmão que já durava oito anos. Entre outras obras, o escritor uruguaio foi autor do livro "As Veias Abertas da América Latina" (1971), considerado referência para a esquerda latino-americana.
O último ato público importante do qual Galeano participou foi a inauguração da II Bienal do Livro de Brasília, em fevereiro de 2014.
"Que sua obra inspire um futuro melhor", diz Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também lamentou nesta segunda-feira a morte de Eduardo Galeano e expressou seu desejo de que a obra e o exemplo do autor inspirem um futuro melhor para a América Latina.
"Que sua obra e seu exemplo de luta permaneçam como inspiração para que possamos construir a cada dia um futuro melhor para a América Latina", disse Lula em comunicado.
O primeiro presidente de esquerda do Brasil afirmou, ainda, que a obra de Galeano "é referência para todos aqueles que lutam por uma América Latina mais desenvolvida, justa e integrada".
Despedida pública no Parlamento uruguaio
O velório de Galeano está marcado para esta terça-feira (14), das 15h às 22h, no Salão dos Passos Perdidos, no Parlamento uruguaio. Será uma despedida pública, para que todas as pessoas que desejarem consigam homenagear o escritor.
O Salão dos Passos Perdidos já recebeu o funeral de outras personalidades da cultura uruguaia, como o escritor Mario Benedetti, morto em 2009, e o artista plástico Carlos Páez Vilaró, falecido em 2014.
Por meio do ministro de Economia e Finanças do país, Danilo Astori, que assumiu o papel de porta-voz após o conselho de ministros nesta segunda, o governo uruguaio enviou suas condolências e seu pesar pelo falecimento "deste grande compatriota".
"Durante o conselho de ministros, tomamos conhecimento com muito pesar do falecimento deste grande compatriota e expressamos nossa condolência e nossa dor, em particular para seus familiares", disse Astori a jornalistas.
As informações sobre o enterro de Galeano ainda não foram divulgadas.
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