Robert Plant e Jack White incendeiam primeiro dia do Lollapalooza
Daniel Muñoz e Alba Gil.
São Paulo, 28 mar (EFE).- O primeiro dia do Lollapalooza Brasil foi de muita experimentação e algumas novidades, entre o rock dançante de Kasabian, a lenda estridente de Robert Plant e o som cru de Jack White, que transformaram o festival em um autêntico cruzamento de gerações visto por 66 mil pessoas.
"Olá meninos", cumprimentou Robert Plant, o vocalista do Led Zeppelin, em português, ao pôr os pés sobre o palco, que pelo segundo ano consecutivo foi montado no Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo.
"O Brasil é incrível e as pessoas são incríveis: deve ser o clima, porque na Inglaterra é horrível", brincou.
Aos 66 anos, com o cabelo comprido encaracolado, Plant mostrava a mesma energia de sempre, embora os agudos que o levaram ao estrelato tenham sido substituídos nos últimos tempos por melodias orientais e tambores africanos.
Uma fase experimental pelas mãos da Sensational Space Shifters, que combina os ecos metálicos com o blues pantanoso destilado em suas canções.
Embora estas inovações tenham cativado o público, não conseguiram dissimular a emoção dos fãs ao escutar o clássico "Going to Califórnia" do grupo britânico, seguida por outras seis canções do Led Zeppeli , como "Black dog" e "Whole lotta love".
O público brasileiro não teve tanta sorte como o chileno, e desta vez Plant não subiu ao palco com Jack White para repetir o histórico encontro que protagonizaram há uma semana em Santiago, quando tocaram juntos "The lemon song".
White, conhecido por sua incrível capacidade de improvisação ao vivo, deixou voar sua criatividade ao final de cada música, criando solos de guitarra e no piano com a grandiosidade de Plant.
Com uma grande influência da música country, o repertório de White levou até o público, exausto após quase 12 horas de festival, ao êxtase, e não parou de dançar quando ele tocou "Steady as she goes" e que enlouqueceu quando ele proclamou seu amor.
"São Paulo, te amo", gritou White, respondido imediatamente pelo público: "Te amamos". E o músico atacou de novo: "Não mintam pra mim, eu jamais mentiria!".
Uma declaração que valeu cinco "bis", encerrados com "Seven nation army", o hino que catapultou o White Stripes à fama.
Horas antes, a banda britânica Kasabian fez um show banhado pelos efeitos de guitarra, que garantiram uma das apresentações mais dançantes do dia.
Assim como Kasabian, Skrillex, o grande imperador do dubstep, monopolizou o segundo palco do circuito, transformando-o em uma pista de dança com raps a pops e músicas jamaicanas que fizeram o DJ e produtor californiano brilhar.
Mas se a tarde e a noite viram passar velhas e novas glórias mundiais pelo circuito mundial da Fórmula 1 no Brasil, o dia foi dominado pela cena musical brasileira, com a banda do Rio de Janeiro Baleia à cabeça, tão cedo que foi vista por pouco mais de 300 pessoas.
O quinteto foi seguido pela Banda do Mar, que apesar de defender um repertório mais que previsível, conseguiram inspirar o lado mais romântico do público.
Apesar dos elogios às apresentações, as 66 mil pessoas que estiveram em Interlagos, 14 mil a menos que ano passado, deixaram uma impressão de uma Interlagos bastante vazia.
Neste domingo vários pesos pesados são esperados para o último dia da edição 2015 do festival, com Interpol, The Kooks, Smashing Pumpkins, Calvin Harris e o dono do hit global "Happy", Pharrell Williams.
dm-ag/cd
(foto)
São Paulo, 28 mar (EFE).- O primeiro dia do Lollapalooza Brasil foi de muita experimentação e algumas novidades, entre o rock dançante de Kasabian, a lenda estridente de Robert Plant e o som cru de Jack White, que transformaram o festival em um autêntico cruzamento de gerações visto por 66 mil pessoas.
"Olá meninos", cumprimentou Robert Plant, o vocalista do Led Zeppelin, em português, ao pôr os pés sobre o palco, que pelo segundo ano consecutivo foi montado no Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo.
"O Brasil é incrível e as pessoas são incríveis: deve ser o clima, porque na Inglaterra é horrível", brincou.
Aos 66 anos, com o cabelo comprido encaracolado, Plant mostrava a mesma energia de sempre, embora os agudos que o levaram ao estrelato tenham sido substituídos nos últimos tempos por melodias orientais e tambores africanos.
Uma fase experimental pelas mãos da Sensational Space Shifters, que combina os ecos metálicos com o blues pantanoso destilado em suas canções.
Embora estas inovações tenham cativado o público, não conseguiram dissimular a emoção dos fãs ao escutar o clássico "Going to Califórnia" do grupo britânico, seguida por outras seis canções do Led Zeppeli , como "Black dog" e "Whole lotta love".
O público brasileiro não teve tanta sorte como o chileno, e desta vez Plant não subiu ao palco com Jack White para repetir o histórico encontro que protagonizaram há uma semana em Santiago, quando tocaram juntos "The lemon song".
White, conhecido por sua incrível capacidade de improvisação ao vivo, deixou voar sua criatividade ao final de cada música, criando solos de guitarra e no piano com a grandiosidade de Plant.
Com uma grande influência da música country, o repertório de White levou até o público, exausto após quase 12 horas de festival, ao êxtase, e não parou de dançar quando ele tocou "Steady as she goes" e que enlouqueceu quando ele proclamou seu amor.
"São Paulo, te amo", gritou White, respondido imediatamente pelo público: "Te amamos". E o músico atacou de novo: "Não mintam pra mim, eu jamais mentiria!".
Uma declaração que valeu cinco "bis", encerrados com "Seven nation army", o hino que catapultou o White Stripes à fama.
Horas antes, a banda britânica Kasabian fez um show banhado pelos efeitos de guitarra, que garantiram uma das apresentações mais dançantes do dia.
Assim como Kasabian, Skrillex, o grande imperador do dubstep, monopolizou o segundo palco do circuito, transformando-o em uma pista de dança com raps a pops e músicas jamaicanas que fizeram o DJ e produtor californiano brilhar.
Mas se a tarde e a noite viram passar velhas e novas glórias mundiais pelo circuito mundial da Fórmula 1 no Brasil, o dia foi dominado pela cena musical brasileira, com a banda do Rio de Janeiro Baleia à cabeça, tão cedo que foi vista por pouco mais de 300 pessoas.
O quinteto foi seguido pela Banda do Mar, que apesar de defender um repertório mais que previsível, conseguiram inspirar o lado mais romântico do público.
Apesar dos elogios às apresentações, as 66 mil pessoas que estiveram em Interlagos, 14 mil a menos que ano passado, deixaram uma impressão de uma Interlagos bastante vazia.
Neste domingo vários pesos pesados são esperados para o último dia da edição 2015 do festival, com Interpol, The Kooks, Smashing Pumpkins, Calvin Harris e o dono do hit global "Happy", Pharrell Williams.
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