Paraguai festeja Dia Nacional do Tereré, bebida símbolo de sua identidade
Assunção, 28 fev (EFE).- O Paraguai festeja neste sábado o Dia Nacional do Tereré, uma bebida a base de chá frio de erva-mate e plantas medicinais que os paraguaios reconhecem como símbolo de sua identidade, contestando as versões que definem a origem da bebida no sul do Brasil ou no norte da Argentina.
"O Tereré é fundamental para nós paraguaios. É um símbolo de união, de troca de conhecimentos. É a primeira coisa que oferecemos a quem nos visita", explicou à Agência Efe Javier Torres, presidente da Comissão de Vendedores do Poha Ñaná.
Torres garantiu que "onde estiver um paraguaio, você sempre o verá com sua garrafa térmica de couro e seu 'guampa'", palavra quíchua usada no Cone Sul para a cuia em que se toma o tereré.
Ambos são, junto com a bomba, por onde o chá é sorvido, os elementos imprescindíveis para tomar a bebida tradicional do Paraguai.
É tão forte o vínculo com o chá no país sul-americano que os vendedores de ervas do Mercado 4 querem "patentear o tereré e registrá-lo como uma invenção paraguaia", afirmou Torres, e assim rebater quem diz que a bebida nasceu no Brasil ou na Argentina.
A principal diferença entre o consumo de erva-mate em países como Argentina ou Uruguai e o tereré paraguaio é a temperatura de água, destacou Torres.
No Paraguai o chá é tomado com água fria e a garrafa térmica tem barras de gelo para servir como refresco contra as altas temperaturas do país.
Torres explicou que o costume de tomar mate com água fria vem da guerra do Chaco, entre Paraguai e Bolívia entre 1932 e 1935.
"Os soldados não podiam fazer fogo para aquecer água, porque se acendessem uma fogueira seriam descobertos. Assim começaram a tomar a erva com água fria, e graças ao tereré ganharam a guerra, porque era o que os mantinha acordados", relatou Torres.
Outras versões apontam que a erva-mate já era consumida pelos indígenas guaranis do Paraguai e algumas regiões do Brasil, e que recebeu seu nome da palavra guarani "mati", que significa "abóbora", que faz referência ao recipiente onde a erva era colocada.
"Os caciques indígenas já consumiam Tereré e nós continuamos com este ritual, que é um patrimônio para o Paraguai", manifestou a Efe Adams Jiménez, vendedor de yuyos, como se conhece no país às ervas medicinais que se misturam com o mate para tomar o chá.
Além de dar sabor ao clássico retrogosto amargo do mate, as plantas e raízes que compõem o tereré têm diferentes poderes curativos, explicou Cristina Amarilla, outra das "yuyeras" do Mercado 4.
"O menta'i é para os nervos, o cedrón é um sedativo natural... cada um tem sua propriedade, que são combinadas com o efeito estimulante do mate, semelhante ao produzido pela teína ou pela cafeína", detalhou.
Preparado com água fria ou quente, acompanhado ou não de remédios naturais, o importante para a vendedora é o rito do "tereré yeré": compartilhar o chá em uma roda com os amigos, passando a 'guampa' de mão em mão para que todos possam tomá-lo.
Em 2011 o Congresso declarou o tereré "Patrimônio Cultural e Bebida Nacional do Paraguai", e aprovou uma lei que instituiu o último sábado de fevereiro como o Dia Nacional do Tereré.
"O Tereré é fundamental para nós paraguaios. É um símbolo de união, de troca de conhecimentos. É a primeira coisa que oferecemos a quem nos visita", explicou à Agência Efe Javier Torres, presidente da Comissão de Vendedores do Poha Ñaná.
Torres garantiu que "onde estiver um paraguaio, você sempre o verá com sua garrafa térmica de couro e seu 'guampa'", palavra quíchua usada no Cone Sul para a cuia em que se toma o tereré.
Ambos são, junto com a bomba, por onde o chá é sorvido, os elementos imprescindíveis para tomar a bebida tradicional do Paraguai.
É tão forte o vínculo com o chá no país sul-americano que os vendedores de ervas do Mercado 4 querem "patentear o tereré e registrá-lo como uma invenção paraguaia", afirmou Torres, e assim rebater quem diz que a bebida nasceu no Brasil ou na Argentina.
A principal diferença entre o consumo de erva-mate em países como Argentina ou Uruguai e o tereré paraguaio é a temperatura de água, destacou Torres.
No Paraguai o chá é tomado com água fria e a garrafa térmica tem barras de gelo para servir como refresco contra as altas temperaturas do país.
Torres explicou que o costume de tomar mate com água fria vem da guerra do Chaco, entre Paraguai e Bolívia entre 1932 e 1935.
"Os soldados não podiam fazer fogo para aquecer água, porque se acendessem uma fogueira seriam descobertos. Assim começaram a tomar a erva com água fria, e graças ao tereré ganharam a guerra, porque era o que os mantinha acordados", relatou Torres.
Outras versões apontam que a erva-mate já era consumida pelos indígenas guaranis do Paraguai e algumas regiões do Brasil, e que recebeu seu nome da palavra guarani "mati", que significa "abóbora", que faz referência ao recipiente onde a erva era colocada.
"Os caciques indígenas já consumiam Tereré e nós continuamos com este ritual, que é um patrimônio para o Paraguai", manifestou a Efe Adams Jiménez, vendedor de yuyos, como se conhece no país às ervas medicinais que se misturam com o mate para tomar o chá.
Além de dar sabor ao clássico retrogosto amargo do mate, as plantas e raízes que compõem o tereré têm diferentes poderes curativos, explicou Cristina Amarilla, outra das "yuyeras" do Mercado 4.
"O menta'i é para os nervos, o cedrón é um sedativo natural... cada um tem sua propriedade, que são combinadas com o efeito estimulante do mate, semelhante ao produzido pela teína ou pela cafeína", detalhou.
Preparado com água fria ou quente, acompanhado ou não de remédios naturais, o importante para a vendedora é o rito do "tereré yeré": compartilhar o chá em uma roda com os amigos, passando a 'guampa' de mão em mão para que todos possam tomá-lo.
Em 2011 o Congresso declarou o tereré "Patrimônio Cultural e Bebida Nacional do Paraguai", e aprovou uma lei que instituiu o último sábado de fevereiro como o Dia Nacional do Tereré.
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