Bolívia pedirá informação ao Brasil sobre quadros roubados em 2002
O Ministério Público da Bolívia pedirá informação a Brasil e Estados Unidos sobre duas pinturas barrocas roubadas em 2002, mas que um casal americano de colecionadores devolverá ao país após comprá-los legalmente em uma galeria de São Paulo dois anos depois.
A procuradora do departamento de Potosí, Wilma Blazz, disse em comunicado que solicitará informação sobre a aquisição e a posse das obras ""Fuga para o Egito" e "Virgem da Candelária", que datam dos séculos XVII e XVIII, respectivamente.
Os quadros foram roubados da igreja de San Martín em Potosí, no sul do país, há 13 anos junto com outras dez pinturas.
Segundo Blazz, a informação servirá para uma indagação minuciosa para saber quem vendeu as obras à galeria de São Paulo.
Três pessoas foram condenadas a 13 anos de prisão em 2005 pelo roubo, mas as obras não puderam ser recuperadas então e figuravam na lista de patrimônio roubado da Interpol.
Richard e Roberta Hubert, que moram em Nova York, adquiriram legalmente os óleos em São Paulo e pagaram por sua restauração, que foi realizada por especialistas do Museu do Brooklyn.
Após constatar a origem ilícita das obras, o casal decidiu devolvê-las à Bolívia sem pedir compensação alguma, mas com a condição de que os quadros sejam depositados em um lugar seguro para que não sejam roubados novamente, segundo explicou ao jornal "La Razón" a cônsul da Bolívia em Nova York, Jessica Jordan.
As obras permanecem no domicílio nova-iorquino do casal e a previsão é que entre os próximos meses de março e abril retornem à Bolívia, onde serão entregues em um ato oficial ao presidente deste país, Evo Morales.
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