Mais jornalistas do "Telegraph" denunciam censura por pressões comerciais
Londres, 19 fev (EFE).- Vários jornalistas do jornal britânico "The Daily Telegraph" denunciaram a censura de notícias do veículo relacionadas a empresas e governos, como os de Rússia e China, por pressões comerciais.
Os profissionais revelaram a insatisfação no programa "Newsnight", exibido na noite de quarta-feira pela "BBC", pouco depois que o famoso colunista de política do jornal Peter Oborne pedisse demissão pelo mesmo motivo.
Em comunicado divulgado pela internet, Oborne explicou que deixava o cargo após cinco anos ao denunciar que, por interferência da diretoria, o jornal conservador mais prestigiado do país não tinha feito a cobertura adequada do caso da lista Falciani devido a interesses comerciais com o HSBC.
O colunista pediu uma investigação independente sobre a mistura de interesses jornalísticos e comerciais no jornal, que nos últimos meses retomou um acordo publicitário com o banco que tinha perdido anteriormente por notícias desfavoráveis.
A Fundação de padrões da imprensa afirmou que o "The Daily Telegraph" realmente publicou bem menos notícias que outros jornais sobre o escândalo do HSBC e em nenhum deles fez um trabalho de investigação.
No programa "Newsnight" da "BBC", outros jornalistas apoiaram a denúncia de Oborne e explicaram casos em que notícias tiveram de ser barradas ou modificadas para satisfazer interesses comerciais.
Exemplos dessas notícias afetavam o banco Royal Bank of Scotland, informações sobre os governos de Rússia e China e, inclusive, em um caso inédito, a crítica do filme infantil "Meu Malvado Favorito 2", que teve de ser "melhorada" por interesses comerciais com a distribuidora.
O grupo editor do "Telegraph" nega as acusações e garantiu em comunicado que "a distinção entre publicidade e a agraciada atividade editorial" do jornal "sempre foi fundamental" para a empresa.
Os profissionais revelaram a insatisfação no programa "Newsnight", exibido na noite de quarta-feira pela "BBC", pouco depois que o famoso colunista de política do jornal Peter Oborne pedisse demissão pelo mesmo motivo.
Em comunicado divulgado pela internet, Oborne explicou que deixava o cargo após cinco anos ao denunciar que, por interferência da diretoria, o jornal conservador mais prestigiado do país não tinha feito a cobertura adequada do caso da lista Falciani devido a interesses comerciais com o HSBC.
O colunista pediu uma investigação independente sobre a mistura de interesses jornalísticos e comerciais no jornal, que nos últimos meses retomou um acordo publicitário com o banco que tinha perdido anteriormente por notícias desfavoráveis.
A Fundação de padrões da imprensa afirmou que o "The Daily Telegraph" realmente publicou bem menos notícias que outros jornais sobre o escândalo do HSBC e em nenhum deles fez um trabalho de investigação.
No programa "Newsnight" da "BBC", outros jornalistas apoiaram a denúncia de Oborne e explicaram casos em que notícias tiveram de ser barradas ou modificadas para satisfazer interesses comerciais.
Exemplos dessas notícias afetavam o banco Royal Bank of Scotland, informações sobre os governos de Rússia e China e, inclusive, em um caso inédito, a crítica do filme infantil "Meu Malvado Favorito 2", que teve de ser "melhorada" por interesses comerciais com a distribuidora.
O grupo editor do "Telegraph" nega as acusações e garantiu em comunicado que "a distinção entre publicidade e a agraciada atividade editorial" do jornal "sempre foi fundamental" para a empresa.
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