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Relatório aponta que 60 jornalistas morreram por causa da profissão em 2014

23/12/2014 13h17

Nova York, 23 dez (EFE).- O Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ) divulgou nesta terça-feira seu relatório anual, que mostrou que 60 jornalistas morreram este ano por causa da profissão no mundo todo, dez menos que em 2013.

A organização, sediada em Nova York, afirmou que, apesar da pequena redução de 2014, os últimos três anos "são o período com pior saldo de mortes que o CPJ já registrou".

O comitê destacou que a alta proporção de jornalistas estrangeiros que morreram este ano demonstra que "nos tempos atuais, todos se transformaram em alvo".

"Nunca tínhamos visto uma época tão perigosa para exercer a profissão de jornalista", disse o diretor-executivo do CPJ, Joel Simon.

Segundo o CPJ, pelo terceiro ano consecutivo, a Síria é o país com o maior número de jornalistas mortos no exercício da profissão, com 17. Desde que explodiu o conflito armado nesse país, morreram 79 jornalistas.

"A Síria substituiu as Filipinas como o segundo país com o pior saldo de mortes de jornalistas desde que o CPJ começou a levantar estas estatísticas, em 1992", disse o relatório.

Paraguai e Mianmar registraram este ano os primeiros mortos de jornalistas em trabalho desde 2007.

No caso do Paraguai, as três vítimas morreram enquanto trabalhavam na fronteira com o Brasil.