Filho de Pablo Escobar diz que EUA chantagearam sua família
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Bogotá, 8 nov (EFE).- O filho do traficante de drogas Pablo Escobar, Juan Pablo Escobar, afirmou que o DEA (órgão de combate às drogas dos Estados Unidos) tentou chantagear sua família para que dissesse publicamente que o ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori, e seu ex-assessor, Vladimiro Montesinos, fizeram negócios ilícitos com seu pai.
Em entrevista à Agência Efe, o filho do maior criminoso da história da Colômbia disse que esta é uma das revelações incluídas em seu livro "Pablo Escobar: Meu pai".
Esse oferecimento, segundo Escobar, foi em troca que a esposa e os dois filhos do ex-chefe do cartel de Medellín conseguissem vistos para sair da Colômbia e pudessem viver com segurança nos EUA após a morte de Escobar.
"Queriam que escrevêssemos alguns parágrafos em um livro acusando Montesinos de envolvimento com tráfico de drogas e Fujimori de ter conversado com meu pai como agradecimento por um suposto financiamento de sua campanha política", disse o filho do mafioso, que pretende evitar que voltem a ocorrer coisas tão dramáticas em seu país com esse livro.
Concretamente, a DEA pediu à viúva e aos filhos de Escobar que dissessem que tinham visto Montesinos com seus próprios olhos na fazenda Nápoles, a mansão do traficante na Colômbia, e que ele tinha falado por telefone com Fujimori, então presidente do Peru, que governou entre 1990 e 2000.
Tanto Fujimori como Montesinos estão presos por corrupção e crimes contra a humanidade.
"Precisávamos de um visto para poder abandonar o país para salvar nossas vidas, era uma oferta muito generosa, nenhum país queria nos receber, mas nos pediram para mentir sobre pessoas que não conhecíamos", esclareceu. Segundo o autor do livro, aquilo soou como "uma falta de respeito".
Juan Pablo e Sebastián Marroquín foram os nomes adotados durante 20 anos para sobreviver. O filho do traficante esclareceu que anos depois seu tio Roberto Escobar escreveu um livro no qual detalhava essa suposta relação de Pablo com Montesinos e Fujimori, uma história que repercutiu bastante na imprensa internacional.
Assim, Juan Pablo acusou seu tio Roberto de ter trabalhado para a DEA e de trair a família.
"Fomos surpreendidos que meu tio participou da publicação dessa informação e que isso desencadeou a renúncia do presidente Fujimori", explicou.
Ele revelou que, após a morte de seu pai, chegou a se reunir com o ex-chefe da DEA na Colômbia Joe Toft por intermédio de seu tio.
"Sim, eu cheguei lá (à embaixada dos EUA) porque estávamos nessa busca desesperada de sair do país, tínhamos visitado embaixadas diplomáticas pedindo refúgio, auxílio, pedimos ao Vaticano, à Cruz Vermelha Internacional, à ONU, mas ninguém nos escutou", revelou.
"Eu estava desesperado porque sabia que meus dias estavam contados, pedi ajuda para salvar a minha vida e as da minha irmãzinha e da minha mãe. Ele (tio) me deu um código com o qual fui recebido na embaixada dos Estados Unidos, então falei com o chefe da DEA", afirmou.
"Foi um pesadelo", afirma Juan Pablo, hoje aos 37 anos, na época apenas um adolescente de 16 anos ameaçado de morte pelos inimigos de seu pai, já morto.
A peregrinação da família passou por diferentes países e terminou na Argentina, onde Juan Pablo vive atualmente com sua esposa, um filho de dois anos, sua mãe e sua irmã menor.
Bogotá, 8 nov (EFE).- O filho do traficante de drogas Pablo Escobar, Juan Pablo Escobar, afirmou que o DEA (órgão de combate às drogas dos Estados Unidos) tentou chantagear sua família para que dissesse publicamente que o ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori, e seu ex-assessor, Vladimiro Montesinos, fizeram negócios ilícitos com seu pai.
Em entrevista à Agência Efe, o filho do maior criminoso da história da Colômbia disse que esta é uma das revelações incluídas em seu livro "Pablo Escobar: Meu pai".
Esse oferecimento, segundo Escobar, foi em troca que a esposa e os dois filhos do ex-chefe do cartel de Medellín conseguissem vistos para sair da Colômbia e pudessem viver com segurança nos EUA após a morte de Escobar.
"Queriam que escrevêssemos alguns parágrafos em um livro acusando Montesinos de envolvimento com tráfico de drogas e Fujimori de ter conversado com meu pai como agradecimento por um suposto financiamento de sua campanha política", disse o filho do mafioso, que pretende evitar que voltem a ocorrer coisas tão dramáticas em seu país com esse livro.
Concretamente, a DEA pediu à viúva e aos filhos de Escobar que dissessem que tinham visto Montesinos com seus próprios olhos na fazenda Nápoles, a mansão do traficante na Colômbia, e que ele tinha falado por telefone com Fujimori, então presidente do Peru, que governou entre 1990 e 2000.
Tanto Fujimori como Montesinos estão presos por corrupção e crimes contra a humanidade.
"Precisávamos de um visto para poder abandonar o país para salvar nossas vidas, era uma oferta muito generosa, nenhum país queria nos receber, mas nos pediram para mentir sobre pessoas que não conhecíamos", esclareceu. Segundo o autor do livro, aquilo soou como "uma falta de respeito".
Juan Pablo e Sebastián Marroquín foram os nomes adotados durante 20 anos para sobreviver. O filho do traficante esclareceu que anos depois seu tio Roberto Escobar escreveu um livro no qual detalhava essa suposta relação de Pablo com Montesinos e Fujimori, uma história que repercutiu bastante na imprensa internacional.
Assim, Juan Pablo acusou seu tio Roberto de ter trabalhado para a DEA e de trair a família.
"Fomos surpreendidos que meu tio participou da publicação dessa informação e que isso desencadeou a renúncia do presidente Fujimori", explicou.
Ele revelou que, após a morte de seu pai, chegou a se reunir com o ex-chefe da DEA na Colômbia Joe Toft por intermédio de seu tio.
"Sim, eu cheguei lá (à embaixada dos EUA) porque estávamos nessa busca desesperada de sair do país, tínhamos visitado embaixadas diplomáticas pedindo refúgio, auxílio, pedimos ao Vaticano, à Cruz Vermelha Internacional, à ONU, mas ninguém nos escutou", revelou.
"Eu estava desesperado porque sabia que meus dias estavam contados, pedi ajuda para salvar a minha vida e as da minha irmãzinha e da minha mãe. Ele (tio) me deu um código com o qual fui recebido na embaixada dos Estados Unidos, então falei com o chefe da DEA", afirmou.
"Foi um pesadelo", afirma Juan Pablo, hoje aos 37 anos, na época apenas um adolescente de 16 anos ameaçado de morte pelos inimigos de seu pai, já morto.
A peregrinação da família passou por diferentes países e terminou na Argentina, onde Juan Pablo vive atualmente com sua esposa, um filho de dois anos, sua mãe e sua irmã menor.
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