Após sucesso no Rio, SP recebe maior retrospectiva latino-americana de Dalí
Alba Gil.
São Paulo, 18 out (EFE).- A maior retrospectiva já feita na América Latina sobre o gênio surrealista Salvador Dalí desembarcou nesta sexta-feira na cidade de São Paulo após ter conquistado o público do Rio de Janeiro, onde recebeu quase um milhão de visitas.
Com 24 óleos, 135 desenhos, ilustrações e vários documentos, a exposição 'Salvador Dalí' abriu suas portas no Instituto Tomie Ohtake, onde permanecerá aberta ao público até 11 de janeiro de 2015.
Diante de um conjunto de fotografias que imortalizam Dalí brincando com seu bigode, a curadora Montse Aguer explicou à Agência Efe que a mostra procura apresentar o gênio catalão "como um artista total, não só como um pintor, mas também como escritor, cineasta, cenógrafo e ilustrador".
Para isso, a exposição trouxe ao Brasil a faceta menos conhecida de Dalí, com joias como as gravuras que o pintor realizou em 1969 para acompanhar o conto "Alicia no País da Maravilhas", de Lewis Carroll, ou uma série de flores e frutas com formas humanas.
Do academicismo ao impressionismo, passando por telas que bebem dos cubistas Picasso, Braque ou Juan Gris, a antologia daliniana - como o próprio artista - se movimenta entre a tradição e a vanguarda, guardando espaço para todos os gostos.
"Estão presentes todos os Dalís", comentou Aguer, que destacou o Dalí "que quer apagar as linhas entre a alta cultura e a cultura de massas".
Embora predominem as pinceladas pastosas e as figuras alongadas de sua faceta surrealista, a mostra também expõe obras da juventude, da época americana ou de sua paixão pela ciência para dar ao visitante, como disse Aguer, "uma boa ideia da evolução artística de Salvador Dalí".
Com rascunhos que se aproximam ao automatismo e quadros que propõem a abstração, a exibição aposta em reforçar a vertente literária do pintor que, de acordo com Aguer, também foi "um grande escritor".
Uma série de litografias para "Dom Quixote" e ilustrações para "Fausto" e "O velho e o Mar" contrastam com anúncios publicitários de chocolates, um remédio e uma linha aérea protagonizados pelo midiático artista.
Mas também não podiam faltar as múltiplas referências a Gala, sua musa e esposa, aos relógios derretidos, transformados já em um ícone da história da arte, ou a sua amada paisagem natal, sobre a qual chegou a afirmar: "eu sou o Cabo de Creus".
A exibição é completada por fotogramas dos filmes "Un chien andalou" e "L'Age d'Or", de Luis Buñuel, nos quais Dalí participou. Como anotação final, uma reprodução do famoso "Rosto de Mae West utilizado como apartamento".
"Nosso propósito é mostrar como o Dalí personagem é uma construção e, definitivamente, é mais uma obra de Salvador Dalí", ressaltou Aguer.
A exposição, que incorpora obras do Museu Reina Sofía de Madri, a Fundação Gala-Salvador Dalí e o Salvador Dalí Museum de São Petersburgo da Flórida, foi patrocinada pela Arteris, filial da Abertis no Brasil, Banco do Brasil, IRB, Mapfre e Telefônica.
São Paulo, 18 out (EFE).- A maior retrospectiva já feita na América Latina sobre o gênio surrealista Salvador Dalí desembarcou nesta sexta-feira na cidade de São Paulo após ter conquistado o público do Rio de Janeiro, onde recebeu quase um milhão de visitas.
Com 24 óleos, 135 desenhos, ilustrações e vários documentos, a exposição 'Salvador Dalí' abriu suas portas no Instituto Tomie Ohtake, onde permanecerá aberta ao público até 11 de janeiro de 2015.
Diante de um conjunto de fotografias que imortalizam Dalí brincando com seu bigode, a curadora Montse Aguer explicou à Agência Efe que a mostra procura apresentar o gênio catalão "como um artista total, não só como um pintor, mas também como escritor, cineasta, cenógrafo e ilustrador".
Para isso, a exposição trouxe ao Brasil a faceta menos conhecida de Dalí, com joias como as gravuras que o pintor realizou em 1969 para acompanhar o conto "Alicia no País da Maravilhas", de Lewis Carroll, ou uma série de flores e frutas com formas humanas.
Do academicismo ao impressionismo, passando por telas que bebem dos cubistas Picasso, Braque ou Juan Gris, a antologia daliniana - como o próprio artista - se movimenta entre a tradição e a vanguarda, guardando espaço para todos os gostos.
"Estão presentes todos os Dalís", comentou Aguer, que destacou o Dalí "que quer apagar as linhas entre a alta cultura e a cultura de massas".
Embora predominem as pinceladas pastosas e as figuras alongadas de sua faceta surrealista, a mostra também expõe obras da juventude, da época americana ou de sua paixão pela ciência para dar ao visitante, como disse Aguer, "uma boa ideia da evolução artística de Salvador Dalí".
Com rascunhos que se aproximam ao automatismo e quadros que propõem a abstração, a exibição aposta em reforçar a vertente literária do pintor que, de acordo com Aguer, também foi "um grande escritor".
Uma série de litografias para "Dom Quixote" e ilustrações para "Fausto" e "O velho e o Mar" contrastam com anúncios publicitários de chocolates, um remédio e uma linha aérea protagonizados pelo midiático artista.
Mas também não podiam faltar as múltiplas referências a Gala, sua musa e esposa, aos relógios derretidos, transformados já em um ícone da história da arte, ou a sua amada paisagem natal, sobre a qual chegou a afirmar: "eu sou o Cabo de Creus".
A exibição é completada por fotogramas dos filmes "Un chien andalou" e "L'Age d'Or", de Luis Buñuel, nos quais Dalí participou. Como anotação final, uma reprodução do famoso "Rosto de Mae West utilizado como apartamento".
"Nosso propósito é mostrar como o Dalí personagem é uma construção e, definitivamente, é mais uma obra de Salvador Dalí", ressaltou Aguer.
A exposição, que incorpora obras do Museu Reina Sofía de Madri, a Fundação Gala-Salvador Dalí e o Salvador Dalí Museum de São Petersburgo da Flórida, foi patrocinada pela Arteris, filial da Abertis no Brasil, Banco do Brasil, IRB, Mapfre e Telefônica.
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