Cama bagunçada da artista Tracey Emin volta a Londres emprestada pelo dono
"My Bed", a famosa cama desfeita da artista britânica Tracey Emin, foi emprestada por seu novo dono por dez anos à Galeria Tate de Londres, onde a polêmica obra foi apresentada pela primeira vez há 15 anos.
O empresário e colecionadora alemão Christian Durkheim-Ketelhut adquiriu "My Bed" (Minha Cama) em 1º de julho em um leilão realizado na casa Christie's por 2,5 milhões de libras (quase R$ 9,5 milhões), valor pago à Fundação Saatchi, até então proprietária da obra.
"Sempre admirei a honestidade de Tracey, mas comprei 'My Bed' porque é uma metáfora da vida, onde começam os problemas e a lógica morre", explicou Durkheim-Ketelhut, que ostenta o título de conde, em uma nota divulgada hoje.
Embora ainda se desconheça se a obra de Emin, que foi finalista do Prêmio Turner em 1999, será exposta na Tate Britain ou na Tate Modern, um porta-voz das galerias informou hoje que os detalhes serão anunciados em breve.
O diretor do grupo Tate, Nicholas Serota, disse hoje estar "absolutamente encantado pelo conde Durkheim-Ketelhut ter decidido emprestar este grande trabalho à Tate por um período de pelo menos dez anos".
"Desejamos exibi-lo e estamos mais do que agradecidos ao conde Durkheim-Ketelhut por sua generosidade ao dar a oportunidade aos visitantes de ver um trabalho que agora tem a categoria de ícone", declarou Serota.
No leilão, "My Bed", elaborada em 1998, superou e muito o preço máximo estimado de 1,2 milhões de libras. Em 2000, o colecionador Charles Saatchi adquiriu a então rompedora obra --a cama bagunçada e suja, "decorada" com preservativos usados e calcinhas sujas, na qual se especula que Emin tenha passado uma semana após uma ruptura amorosa-- por 150 mil libras (R$ 568 mil).
Um ano antes, Emin, parte do grupo de Artistas Jovens Britânicos que apoiou e impulsionou Saatchi, quase ganhou o prestigiado Prêmio Turner de arte contemporânea do Reino Unido com a instalação.
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