Vargas Llosa considera Cuba e Venezuela "desvios" do ideal ocidental
O escritor e vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, considerou nesta sexta-feira (4) que Cuba e Venezuela são "desvios" do mundo ocidental e seus ideais de liberdade.
Em um discurso no curso de verão da Fundação para a Análise e os Estudos Sociais (FAES), conduzido pelo ex-presidente do governo espanhol José María Aznar e realizado na cidade de Guadarrama, perto de Madri, Vargas Llosa criticou a falta de liberdades em Cuba e Venezuela.
Cuba representa algo "alheio à democracia do Ocidente", declarou o escritor, acrescentando que "a Venezuela esteve em todos os anos do chavismo orientada nessa mesma direção".
Como "devedores do chavismo", Equador e Bolívia "têm freios para (...) esse modelo aberrante e fracassado", completou o escritor em um fórum centrado na Iniciativa da Cuenca Atlântica, para a defesa dos ideais e interesses do Ocidente.
Cuba "claramente não é um país que está dentro da tradição da liberdade democrática" mas da "autoritária", afirmou Vargas Llosa.
O escritor lembrou ainda que "a cultura da liberdade nasce no Ocidente" como uma forma de organizar a sociedade e à qual podem aderir todos os países que queiram.
Nesse contexto, declarou que "boa parte da América Latina reconheceu esta ideia como sua, a pratica e a exercita".
O escritor e jornalista manifestou que "acho que todos os países que fazem sua esta cultura da liberdade são parte essencial do que é o Ocidente", onde, segundo lembrou, também houveram e há "desvios e aberrações", entre os quais citou o nacionalismo, o fascismo e o nazismo.
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