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Pablo Neruda percorrerá como holograma ruas de Santiago em seu aniversário

O poeta Pablo Neruda em Capri, Itália - AP Photo/File
O poeta Pablo Neruda em Capri, Itália Imagem: AP Photo/File

04/07/2014 18h00

Uma figura holográfica do poeta chileno Pablo Neruda percorrerá as ruas de Santiago no próximo dia 11, da mesma forma como ele fazia em vida.

A iniciativa faz parte das celebrações dos 110 anos do ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, informou nesta sexta (4) a Fundação que leva seu nome. Com a técnica de projeção em movimento denominada "beamvertising", o holograma do autor de "Canto Geral" sairá da casa museu "La Chascona", no bairro de Bellavista, após aparecer escrevendo.

De acordo com a Fundação, Neruda percorrerá o bairro, seguirá até a alameda Bernardo O'Higgins, passará pela Biblioteca Nacional e chegará até a Casa Central da Universidade de Chile, onde está guardada sua coleção de conchas e sua biblioteca pessoal, que doou a essa casa de estudos em 1954, ao completar 50 anos.

No local, o poeta "se encontrará" com Darío Ouses, diretor da Biblioteca Pablo Neruda, que contará detalhes da descoberta e próxima publicação de 20 poemas inéditos do autor de "Crepusculário" e "Os Versos do Capitão", entre muitas outras obras. Depois, o poeta "voltará" para sua casa, onde chegará, aproximadamente, quatro horas após sua saída.

Os festejos pelos 110 anos de Neruda, nascido em 12 de julho de 1904 e que morreu 23 de setembro de 1973, começarão no dia 11 na casa museu "La Sebastiana", no porto de Valparaíso, onde se acontecerá o concerto "Canto a Neruda", com direção de Hugo Pirovich.

No dia 12, o centro das atividades será a "Casa de Isla Negra", onde ao meio-dia (13h, em Brasília) haverá um encontro de poesia popular com a presença, entre outros, do payador (espécie de poeta) José Luis Suárez, e dos cantores Maritza Torres, Rodrigo Torres, Jaime Flores e Hernán Ramírez.

A celebração de aniversário incluirá ainda a doação da "Biblioteca Multilíngue Pablo Neruda" à escola Villa Las Estrellas, situada na Ilha do Rei George, na Antártida, onde convivem bases de diversos países.

A escola atende aos filhos dos pesquisadores chilenos que trabalham no continente antártico e a coleção soma mais de 200 livros com obras do poeta, além de textos infantis, ilustrados, de fotografia e gastronomia.