Dialeto do português resiste ao tempo em pequena cidade da Espanha
Badajoz, 30 mai (EFE).- Cerca de mil pessoas, na maioria idosas, falam atualmente o português oliventino, um dialeto do idioma lusitano que se manteve preservado em Olivenza (Badajoz, Espanha) e em algumas de suas aldeias.
O presidente da associação Além Guadiana, Joaquín Fuentes, destacou a permanência dessa língua, que foi registrada no "Estudo Compilatório do Português Oliventino", que será apresentado esta tarde em Olivenza.
Fuentes Lembrou que, quando Olivenza deixou de pertencer a Portugal, foi em nível administrativo, pois até meados do século XX o idioma majoritário na cidade, que fica na província de Estremadura, era a língua portuguesa.
No entanto, a partir daí, houve uma "ruptura geracional", e os pais deixaram de falar com seus filhos em português e começaram a falar em castelhano, o que tornou "muito difícil" a manutenção da língua de Camões.
Mas a tradição cultural e o apoio que recebeu recentemente, quando começou a ser ensinado nas escolas, através da Universidade Popular, entre outras, faz com que seu uso tenha sido relançado.
Olivenza, que pertenceu por 5 séculos a Portugal (quando chamava Olivença), foi o último território a passar administrativamente para a Espanha, e a língua portuguesa se manteve como um dos legados lusos que o lugar conservou.
Assim, foi proposto à prefeitura de Olivenza fazer um arquivo de gravações em áudio com os depoimentos das pessoas que falam o português oliventino, que também gerou um estudo.
O estudo se compõe de um livro com as características do português oliventino, um dicionário ou palavras peculiares, entre outros; além do registro sonoro com conversas de 50 pessoas.
O português oliventino é considerado um subdialeto português alentejano com superestrato (língua do conquistador, que não substitui a do conquistado) espanhol, ou seja: foram incorporadas palavras hispânicas e a língua se aportuguesou.
O objetivo é alimentar o grande banco de dados com provérbios, casos e canções do português oliventino, e promover o ensino do idioma lusitano padrão no ensino.
A associação quer sensibilizar a população oliventina, mas também ir à frente, envolvendo as instituições lusitanas e o governo de Estremadura - foi solicitado, por exemplo, que o português seja declarado patrimônio cultural.
Há alguns outros núcleos de fala portuguesa em Extremadura - A Codosera, Cedillo - embora nesses casos por proximidade geográfica, não pela pertinência administrativa ao território lusitano.
O Museu Etnográfico "González Santana" de Olivenza recebe hoje a apresentação do "Estudo Compilatório do Português Oliventino".
O presidente da associação Além Guadiana, Joaquín Fuentes, destacou a permanência dessa língua, que foi registrada no "Estudo Compilatório do Português Oliventino", que será apresentado esta tarde em Olivenza.
Fuentes Lembrou que, quando Olivenza deixou de pertencer a Portugal, foi em nível administrativo, pois até meados do século XX o idioma majoritário na cidade, que fica na província de Estremadura, era a língua portuguesa.
No entanto, a partir daí, houve uma "ruptura geracional", e os pais deixaram de falar com seus filhos em português e começaram a falar em castelhano, o que tornou "muito difícil" a manutenção da língua de Camões.
Mas a tradição cultural e o apoio que recebeu recentemente, quando começou a ser ensinado nas escolas, através da Universidade Popular, entre outras, faz com que seu uso tenha sido relançado.
Olivenza, que pertenceu por 5 séculos a Portugal (quando chamava Olivença), foi o último território a passar administrativamente para a Espanha, e a língua portuguesa se manteve como um dos legados lusos que o lugar conservou.
Assim, foi proposto à prefeitura de Olivenza fazer um arquivo de gravações em áudio com os depoimentos das pessoas que falam o português oliventino, que também gerou um estudo.
O estudo se compõe de um livro com as características do português oliventino, um dicionário ou palavras peculiares, entre outros; além do registro sonoro com conversas de 50 pessoas.
O português oliventino é considerado um subdialeto português alentejano com superestrato (língua do conquistador, que não substitui a do conquistado) espanhol, ou seja: foram incorporadas palavras hispânicas e a língua se aportuguesou.
O objetivo é alimentar o grande banco de dados com provérbios, casos e canções do português oliventino, e promover o ensino do idioma lusitano padrão no ensino.
A associação quer sensibilizar a população oliventina, mas também ir à frente, envolvendo as instituições lusitanas e o governo de Estremadura - foi solicitado, por exemplo, que o português seja declarado patrimônio cultural.
Há alguns outros núcleos de fala portuguesa em Extremadura - A Codosera, Cedillo - embora nesses casos por proximidade geográfica, não pela pertinência administrativa ao território lusitano.
O Museu Etnográfico "González Santana" de Olivenza recebe hoje a apresentação do "Estudo Compilatório do Português Oliventino".
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