Sebastião Salgado: "A fotografia deixou de ser memória"
Múrcia, 24 mai (EFE).- O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado disse neste sábado no festival Fotogenio, de Mazarrón (Múrcia, Espanha), que a fotografia deixou de ser memória e se tornou apenas uma imagem instantânea.
"Hoje a fotografia em geral mudou. Antes, qualquer um que saía de férias levava sua câmera, trazia as fotos, fazia cópias, as colocava em um álbum e essas fotografias eram fotografias. Eram mostradas aos filhos, dez anos depois já eram um pedacinho de sua história e, 30 anos mais tarde, a memória da família", comentou em entrevista coletiva.
No entanto, na opinião do brasileiro, isso acabou. "90% da fotografia é feita com telefones e fica dentro de uma memória. É uma imagem, mas já não é mais uma fotografia. A fotografia deixou de ser memória. É realmente uma instantânea", declarou.
O homem que se considera "possivelmente uma espécie de dinossauro", que segue neste trabalho "porque as pessoas ainda têm paciência para esperar" suas fotos, afirmou: "Quando você transforma sua vida, junto com as pessoas que fotografa, é como sua casa, sua forma de vida, e não é você quem tira as fotos. São as pessoas que estão diante de você que as oferece, trabalhando juntos".
"Para ser fotógrafo é preciso ser fotógrafo. Muita gente não consegue. É preciso sentir o enorme prazer de estar ali, de trabalhar como fotógrafo. Como jornalista é um sacrifício muito forte. É preciso ter esse prazer de passar horas e horas construindo sua imagem", explicou.
O fotógrafo brasileiro oferecerá esta tarde uma conferência sobre "Genesis", seu último trabalho, na oitava edição do festival, com cerca de mil pessoas na plateia.
"Hoje a fotografia em geral mudou. Antes, qualquer um que saía de férias levava sua câmera, trazia as fotos, fazia cópias, as colocava em um álbum e essas fotografias eram fotografias. Eram mostradas aos filhos, dez anos depois já eram um pedacinho de sua história e, 30 anos mais tarde, a memória da família", comentou em entrevista coletiva.
No entanto, na opinião do brasileiro, isso acabou. "90% da fotografia é feita com telefones e fica dentro de uma memória. É uma imagem, mas já não é mais uma fotografia. A fotografia deixou de ser memória. É realmente uma instantânea", declarou.
O homem que se considera "possivelmente uma espécie de dinossauro", que segue neste trabalho "porque as pessoas ainda têm paciência para esperar" suas fotos, afirmou: "Quando você transforma sua vida, junto com as pessoas que fotografa, é como sua casa, sua forma de vida, e não é você quem tira as fotos. São as pessoas que estão diante de você que as oferece, trabalhando juntos".
"Para ser fotógrafo é preciso ser fotógrafo. Muita gente não consegue. É preciso sentir o enorme prazer de estar ali, de trabalhar como fotógrafo. Como jornalista é um sacrifício muito forte. É preciso ter esse prazer de passar horas e horas construindo sua imagem", explicou.
O fotógrafo brasileiro oferecerá esta tarde uma conferência sobre "Genesis", seu último trabalho, na oitava edição do festival, com cerca de mil pessoas na plateia.
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