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FNPI seguirá trabalhando pela renovação do jornalismo traçado por "Gabo"

17/04/2014 22h46

Bogotá, 17 abr (EFE).- A Fundação para o Novo Jornalismo Ibero-americano (FNPI) lamentou nesta quinta-feira a morte de seu fundador e "mestre", o escritor colombiano Gabriel García Márquez, e se comprometeu a seguir trabalhando pela renovação do ofício que o Nobel promoveu.

Assim manifestou em comunicado o diretor-geral da FNPI, o colombiano Jaime Abello, que por acaso tinha viajado para Cidade do México, onde o Prêmio Nobel de Literatura de 1982 faleceu nesta quinta-feira aos 87 anos.

"Nosso querido Gabriel García Márquez se foi fisicamente, mas permanecerá vivo entre nós através de suas ideias, seus textos, sua memória em milhões de pessoas que o amam no mundo todo e o legado representado no trabalho de suas fundações e escolas de jornalismo e cinema", disse Abello.

Por isso, a FNPI assume "com seriedade e entusiasmo, pelas mãos de professores e aliados, a responsabilidade de que a cada dia mais jornalistas de região ibero-americana possam conhecer suas ideias, estudá-las, aplicá-las e inclusive questioná-las".

Para o diretor da FNPI, o ofício que García Márquez qualificou como o melhor do mundo é aprendido e aperfeiçoado com a prática, "escutando o povo e despertando os sentidos para ver o que ninguém mais vê, para que as sociedades se informem melhor".

"Gabo viveu uma vida plena e incomparável. Lembraremos dele como um criador genial, um ser humano cheio de sabedoria, humor e ternura, um trabalhador incansável, que soube nos mostrar que a melhor maneira de aproveitar um trajeto vital é seguindo a vocação pessoal", acrescentou.

E concluiu: "Obrigado, Gabo. Obrigado, mestre de professores. Completaremos teu mandato; seguiremos adiante com tuas oficinas, teu Prêmio, trabalhando de muitas formas por uma nova e criativa época para o melhor ofício do mundo".

O autor de "Cem anos de solidão" trabalhou como jornalista ao longo de sua vida nos jornais colombianos El Espectador, El Universal de Cartagena e El Heraldo de Barranquilla; nas revistas venezuelanas Momento, Elite e Venezuela Gráfica, e além disso iniciou a publicação Cambio.

O romancista também foi correspondente da agência estatal cubana Prensa Latina na Colômbia e nos Estados Unidos, e depositou seu legado na FNPI.