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Romancista Antônio Torres toma posse na ABL nesta quarta-feira

Eduardo Knapp/Folha Imagem
Imagem: Eduardo Knapp/Folha Imagem

Rio de Janeiro, Brasil

09/04/2014 14h47

Nesta quarta-feira (09), o romancista baiano Antônio Torres se tornará oficialmente um "imortal" da Academia Brasileira de Letras (ABL) ao assumir, em cerimônia realizada às 21h, a cadeira de número 23, que tem como fundador Machado de Assis e, como patrono, José de Alencar.

Torres é o primeiro romancista eleito pela instituição em dez anos. Com 34 de 39 votos possíveis, ele foi escolhido em novembro do ano passado para suceder o acadêmico Luiz Paulo Horta, que faleceu no dia 3 de agosto. A cadeira também já foi ocupada, entre outros, por seu conterrâneo Jorge Amado.

O romancista é também o curador do projeto "Nuvem de Livros", biblioteca online que permite acesso ilimitado a milhares de livros, audiolivros, vídeos, teleaulas e conteúdos educativos através de computadores, celulares e tablets.

Torres nasceu na cidade de Sátiro Dias (BA), em 1940. Ele foi repórter nas cidades de Salvador e São Paulo e publicou seu primeiro romance, "Um cão uivando para a lua", em 1972. Quatro anos depois, lançou aquela que é considerada sua obra-prima, "Essa terra", que narra a imigração nordestina para o Sul e o Sudeste do Brasil, contando com elementos autobiográficos.

Em 1998, ele foi condecorado pelo governo da França como "Chevalier des Arts et des Lettres", por seus livros traduzidos naquele país. Em 2000, recebeu o Prêmio Machado de Assis, da ABL, pelo conjunto de sua obra.

O acadêmico recebeu, em 2007, o Prêmio Jabuti por seu romance "Pelo fundo da agulha", e teve obras traduzidas em diversos países.