Na Colômbia, Marta Suplicy destaca visibilidade da cultura brasileira
Jaime Ortega Carrascal.
Bogotá, 4 abr (EFE).- A ministra da Cultura, Marta Suplicy, considera algo "extraordinário" para o Brasil ser o convidado de honra do XIV Festival Ibero-Americano de Teatro de Bogotá (FITB), porque ajuda a dar a visibilidade à riqueza cultural do país.
Marta, que está em Bogotá para assistir hoje à sessão inaugural do festival e amanhã ao desfile pelo centro da cidade, disse em entrevista à Agência Efe que esta troca de experiências estimula "o germe da criação" artística.
"É de uma importância extraordinária porque nos possibilita mostrar como país, dar visibilidade a nossa arte, a nossos autores, a nossos atores em um país muito amigo, em um país que tem um festival que é o mais importante da região ibero-americana", disse a ministra sobre a participação do Brasil no FITB.
Marta lembrou que em outubro do ano passado o Brasil também foi homenageado na Feira do Livro de Frankfurt (Alemanha), a mais importante do mundo, e em março deste ano na Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha, o que, somado ao FITB, mostra o peso da cultura do país no exterior.
"Estamos muito contentes que a Colômbia tenha nos proporcionado este espaço no qual somos protagonistas", acrescentou a ministra, que destacou que o FITB, que reunirá até o próximo 20 de abril mais de três mil artistas de 26 países, "tem uma pulsação, uma efervescência cultural que permite o germe da criação".
O Brasil apresentará no festival sete peças, sendo que a primeira delas, "Gonzagão - A Lenda", dirigida por João Falcão, abrirá nesta sexta-feira a programação.
Também serão apresentadas as obras "Maravilhoso", "Till, a saga de um herói torto", "O Jardim", e "Amores Surdos".
O teatro brasileiro também será representado em Bogotá por "Dama do mar", uma adaptação feita por Susan Sontag da obra de Henrik Ibsen, e "Toda Nudez Será Castigada", dirigida por Antunes Filho e baseada na peça do escritor e jornalista Nelson Rodrigues.
"Também temos 14 peças traduzidas ao espanhol, obras já encenadas no Brasil, algumas delas já premiadas, que vão ser apresentadas aqui em Bogotá por atores e estudantes colombianos", comentou Marta.
No sábado, o Brasil será representado no grande desfile inaugural do festival pela batucada do grupo "Os Negões", de Salvador.
A ministra explicou que eventos internacionais como o FITB e as atividades paralelas à Copa do Mundo e aos Jogos Olímpicos de 2016 ajudam a consolidar a imagem do Brasil como um país de enorme riqueza e diversidade cultural que vai além do clichê "futebol, samba e carnaval".
"Temos uma preocupação muito grande com a imagem do Brasil, o 'soft power brasileiro' para o exterior, porque somos muito conhecidos por samba, carnaval, futebol e praias. Estamos contentes que seja assim, mas ao mesmo tempo temos teatro, danças, literatura, crenças que gostaríamos que todo o mundo conhecesse", acrescentou.
Segundo Marta, a Copa é uma "oportunidade de ouro" para mostrar "a diversidade, a cultura brasileira para fora e também para nós, porque Brasil é um país continente" no qual , acrescentou, muitas vezes o norte não conhece as danças do sul.
No trabalho de divulgação cultural a ministra destacou o papel do "Vale Cultura", programa oficial que definiu como "revolucionário" e que consiste em um "cartão de crédito" que os empregadores dão os trabalhadores que ganham menos de cinco salários mínimos com um abono mensal de R$ 50 que só podem ser gastos em atividades culturais.
"Acho que isto vai ter uma grande influência nas (novas) gerações porque a cultura abre a visão do mundo, dá prazer ao indivíduo, é uma coisa que nos torna partícipes da humanidade", concluiu Marta. EFE
joc/rsd
(foto)(vídeo)
Bogotá, 4 abr (EFE).- A ministra da Cultura, Marta Suplicy, considera algo "extraordinário" para o Brasil ser o convidado de honra do XIV Festival Ibero-Americano de Teatro de Bogotá (FITB), porque ajuda a dar a visibilidade à riqueza cultural do país.
Marta, que está em Bogotá para assistir hoje à sessão inaugural do festival e amanhã ao desfile pelo centro da cidade, disse em entrevista à Agência Efe que esta troca de experiências estimula "o germe da criação" artística.
"É de uma importância extraordinária porque nos possibilita mostrar como país, dar visibilidade a nossa arte, a nossos autores, a nossos atores em um país muito amigo, em um país que tem um festival que é o mais importante da região ibero-americana", disse a ministra sobre a participação do Brasil no FITB.
Marta lembrou que em outubro do ano passado o Brasil também foi homenageado na Feira do Livro de Frankfurt (Alemanha), a mais importante do mundo, e em março deste ano na Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha, o que, somado ao FITB, mostra o peso da cultura do país no exterior.
"Estamos muito contentes que a Colômbia tenha nos proporcionado este espaço no qual somos protagonistas", acrescentou a ministra, que destacou que o FITB, que reunirá até o próximo 20 de abril mais de três mil artistas de 26 países, "tem uma pulsação, uma efervescência cultural que permite o germe da criação".
O Brasil apresentará no festival sete peças, sendo que a primeira delas, "Gonzagão - A Lenda", dirigida por João Falcão, abrirá nesta sexta-feira a programação.
Também serão apresentadas as obras "Maravilhoso", "Till, a saga de um herói torto", "O Jardim", e "Amores Surdos".
O teatro brasileiro também será representado em Bogotá por "Dama do mar", uma adaptação feita por Susan Sontag da obra de Henrik Ibsen, e "Toda Nudez Será Castigada", dirigida por Antunes Filho e baseada na peça do escritor e jornalista Nelson Rodrigues.
"Também temos 14 peças traduzidas ao espanhol, obras já encenadas no Brasil, algumas delas já premiadas, que vão ser apresentadas aqui em Bogotá por atores e estudantes colombianos", comentou Marta.
No sábado, o Brasil será representado no grande desfile inaugural do festival pela batucada do grupo "Os Negões", de Salvador.
A ministra explicou que eventos internacionais como o FITB e as atividades paralelas à Copa do Mundo e aos Jogos Olímpicos de 2016 ajudam a consolidar a imagem do Brasil como um país de enorme riqueza e diversidade cultural que vai além do clichê "futebol, samba e carnaval".
"Temos uma preocupação muito grande com a imagem do Brasil, o 'soft power brasileiro' para o exterior, porque somos muito conhecidos por samba, carnaval, futebol e praias. Estamos contentes que seja assim, mas ao mesmo tempo temos teatro, danças, literatura, crenças que gostaríamos que todo o mundo conhecesse", acrescentou.
Segundo Marta, a Copa é uma "oportunidade de ouro" para mostrar "a diversidade, a cultura brasileira para fora e também para nós, porque Brasil é um país continente" no qual , acrescentou, muitas vezes o norte não conhece as danças do sul.
No trabalho de divulgação cultural a ministra destacou o papel do "Vale Cultura", programa oficial que definiu como "revolucionário" e que consiste em um "cartão de crédito" que os empregadores dão os trabalhadores que ganham menos de cinco salários mínimos com um abono mensal de R$ 50 que só podem ser gastos em atividades culturais.
"Acho que isto vai ter uma grande influência nas (novas) gerações porque a cultura abre a visão do mundo, dá prazer ao indivíduo, é uma coisa que nos torna partícipes da humanidade", concluiu Marta. EFE
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