EUA confirmam projeto de rede social em Cuba, mas negam que fosse clandestino
Washington, 3 abr (EFE).- O governo dos Estados Unidos revelou nesta quinta-feira que a Agência de Ajuda ao Desenvolvimento (USAID) realizou até 2012 em Cuba um projeto de rede social, para aumentar o acesso dos cubanos à informação, mas negou que fosse algo clandestino.
"As sugestões de que se tratava de um programa encoberto não são corretas", esclareceu em sua entrevista coletiva diária o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
Carney se referiu assim à informação publicada por uma agência de notícias americana em relação a esse projeto supostamente clandestino, denominado "ZunZuneo" e cujo objetivo era criar uma espécie de "Twitter cubano", uma rede social de mensagens através do telefone celular para fomentar a dissidência entre os jovens da ilha.
Os EUA financiam diferentes programas "para ajudar a capacitar os cubanos a ter acesso a mais informação e fortalecer a sociedade civil", explicou Carney, acrescentando que o dinheiro investido no mencionado projeto "foi objeto de debate no Congresso".
O presidente Barack Obama e seu governo "apoiam os esforços para ajudar os cidadãos cubanos a comunicar-se mais facilmente entre eles e com o mundo exterior", comentou Carney.
Segundo o porta-voz, o Escritório de Supervisão do governo (GAO, na sigla em inglês) "revisou esse programa em detalhe em 2013 e confirmou que aconteceu em conformidade com a lei dos Estados Unidos e sob os controles de supervisão adequados".
Na execução de programas "em ambientes não permissivos" o governo toma medidas "para ser discreto" e isso não acontece "exclusivamente em Cuba", especificou Carney.
O porta-voz indicou a USAID aos jornalistas para conhecer os detalhes do programa, que, segundo o divulgado hoje, funcionou de 2010 a 2012 com o objetivo de impulsionar os jovens cubanos à dissidência para gerar uma espécie de "primavera árabe" na ilha.
Segundo a informação jornalística, o planejamento do "ZunZuneo" começou em 2009 com a obtenção de meio milhão de números de telefones celulares de Cuba, e a USAID e seus contratistas ocultaram os vínculos de Washington com o projeto, com a criação de empresas de fachada em países como a Espanha e o uso de uma conta bancária nas Ilhas Cayman.
A rede social criada chegou a ter 40 mil usuários que compartilhavam conteúdo "não controverso" sobre futebol ou música, embora o propósito fosse introduzir depois o matiz político para inspirar os jovens a organizar marchas e concentrações contra o regime cubano, segundo a informação.
A Casa Branca negou hoje que Alan Gross, contratista da USAID e preso em Cuba desde 2009 por "ações contra a integridade territorial do Estado", tivesse algo que ver com o desenvolvimento do "ZunZuneo".
O governo americano garante que Gross tentava simplesmente proporcionar acesso "sem censura" à internet para "uma pequena comunidade religiosa" judia na ilha e hoje Carney voltou a pedir sua libertação ao governo de Havana.
"As sugestões de que se tratava de um programa encoberto não são corretas", esclareceu em sua entrevista coletiva diária o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
Carney se referiu assim à informação publicada por uma agência de notícias americana em relação a esse projeto supostamente clandestino, denominado "ZunZuneo" e cujo objetivo era criar uma espécie de "Twitter cubano", uma rede social de mensagens através do telefone celular para fomentar a dissidência entre os jovens da ilha.
Os EUA financiam diferentes programas "para ajudar a capacitar os cubanos a ter acesso a mais informação e fortalecer a sociedade civil", explicou Carney, acrescentando que o dinheiro investido no mencionado projeto "foi objeto de debate no Congresso".
O presidente Barack Obama e seu governo "apoiam os esforços para ajudar os cidadãos cubanos a comunicar-se mais facilmente entre eles e com o mundo exterior", comentou Carney.
Segundo o porta-voz, o Escritório de Supervisão do governo (GAO, na sigla em inglês) "revisou esse programa em detalhe em 2013 e confirmou que aconteceu em conformidade com a lei dos Estados Unidos e sob os controles de supervisão adequados".
Na execução de programas "em ambientes não permissivos" o governo toma medidas "para ser discreto" e isso não acontece "exclusivamente em Cuba", especificou Carney.
O porta-voz indicou a USAID aos jornalistas para conhecer os detalhes do programa, que, segundo o divulgado hoje, funcionou de 2010 a 2012 com o objetivo de impulsionar os jovens cubanos à dissidência para gerar uma espécie de "primavera árabe" na ilha.
Segundo a informação jornalística, o planejamento do "ZunZuneo" começou em 2009 com a obtenção de meio milhão de números de telefones celulares de Cuba, e a USAID e seus contratistas ocultaram os vínculos de Washington com o projeto, com a criação de empresas de fachada em países como a Espanha e o uso de uma conta bancária nas Ilhas Cayman.
A rede social criada chegou a ter 40 mil usuários que compartilhavam conteúdo "não controverso" sobre futebol ou música, embora o propósito fosse introduzir depois o matiz político para inspirar os jovens a organizar marchas e concentrações contra o regime cubano, segundo a informação.
A Casa Branca negou hoje que Alan Gross, contratista da USAID e preso em Cuba desde 2009 por "ações contra a integridade territorial do Estado", tivesse algo que ver com o desenvolvimento do "ZunZuneo".
O governo americano garante que Gross tentava simplesmente proporcionar acesso "sem censura" à internet para "uma pequena comunidade religiosa" judia na ilha e hoje Carney voltou a pedir sua libertação ao governo de Havana.
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