Ex-mulher de magnata compra quadro de Bacon por valor recorde, diz jornal
Elaine Pascal Wynn, a ex-esposa do magnata de cassinos Steve Wynn, foi a compradora de um quadro de Francis Bacon que em novembro foi arrematado por US$ 142,4 milhões, batendo o recorde de obra mais cara já vendida em um leilão, segundo informa nesta quinta-feira (16) o "Wall Street Journal".
A identidade do comprador de "Três estudos de Lucian Freud" foi mantida em segredo e o jornal cita duas pessoas não relacionadas com a operação.
Uma semana depois do leilão, o jornal "New York Post" informou que a compradora era Mayasa bin Hamad Al-Thani, a irmã do emir do Catar e uma das pessoas mais poderosas no mundo da arte, já que se ocupa das aquisições para o novo Museu Nacional do Catar, para o qual adquiriu várias obras contemporâneas.
Segundo o jornal, o leilão ficou mais interessante depois que o quadro foi exibido temporariamente em dezembro no Museu de Arte Moderna de Portland (EUA.). e agora a grande dúvida é o que fará a compradora com o quadro.
O jornal lembra que Elaine Pascal Wynn faz parte do conselho de direção do Museu de Arte do Condado de Los Angeles, entidade que não possui nenhuma obra de Bacon, o que sugere que talvez poderia ser doado para essa instituição.
A publicação ainda acrescenta que Elaine, de 71 anos, também mantém vínculos com instituições culturais dos estados de Nevada e Idaho, nos quais tem casas. Uma porta-voz dela não quis fazer comentários.
Elaine Pascal Wynn se casou e se divorciou duas vezes de Steve Wynn e ainda faz parte da direção da companhia de cassinos. A revista Forbes avaliava no ano passado sua fortuna em US$ 1,9 bilhão.
"Três estudos de Lucian Freud" foi leiloado em 12 de novembro passado em Nova York pela Christie's por US$ 127 milhões (US$ 142,4 milhões com impostos e comissões), superando o quadro "O grito", de Edvard Munch, que alcançou em 2012 US$ 119,5 bilhão, até então a obra mais cotada em um leilão.
No entanto, a quantidade mais alta paga por uma obra de arte seria US$ 250 milhões que teria desembolsado a família real do Catar pelo quadro "Os jogadores de cartas", de Paul Cézanne, em uma transação privada, segundo uma informação de 2012 da revista "Vanity Fair" que não foi confirmada.