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Com perda de receitas, revista "New York" encolhe para 2 edições mensais

02/12/2013 20h52

Nova York, 2 dez (EFE).- Com queda neste ano de 9,2% em receitas de publicidade em relação a 2012, segundo dados da organização Alliance for Audited Media (AAM), a revista "New York" anunciou nesta segunda-feira que diminuirá seu número anual de edições de 42 para 26 - duas por mês.

Com 400 mil assinantes, a publicação, que desde sua fundação, em 1968 é considerada um exemplo e principal precursora do chamado "novo jornalismo", ajudou a popularizar escritores do calibre de Tom Wolfe, Gloria Steinem e Jimmy Breslin, lembra hoje o jornal "New York Times".

A revista argumentou que o corte a tornará "mais substancial, duradoura e visual", e que aumentará em 20% o conteúdo de todas as suas seções a partir de março do ano que vem.

Além disso, a publicação passará a ter três guias especiais (médicos, presentes e gastronomia) e contará com mais colunistas que escreverão sobre Hollywood, sexo e negócios, informou a "New York".

Segundo o editor Larry Burstein, a redução deve poupar à revista US$ 3,5 milhões em custos de produção e distribuição em 2014, e a expectativa é de que as mudanças possam aumentar o número de leitores e a "capacidade dos anunciantes".

Junto com o fechamento da edição impressa de outras revistas, como a "Newsweek", ou a cisão prevista das revistas do grupo "Time Inc", o anúncio desta segunda-feira volta a chamar a atenção para os problemas enfrentados por revistas tradicionais nos Estados Unidos.

Por outro lado, os acessos aos sites dessas publicações aumentaram 15% por ano nos últimos anos, e calcula-se que se continuarem neste ritmo ultrapassarão em 2014 os lucros da publicidade impressa.