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Fundação Jumex inaugura seu novo museu de arte contemporânea no México

25/11/2013 07h17

Ana López Barrón.

Cidade do México, 25 nov (EFE).- Transformar-se em um dos espaços de arte contemporânea mais importantes da América Latina é o objetivo do novo Museu Jumex na Cidade do México, que abriu suas portas na semana passada com uma área de exibição de 1.600 metros quadrados.

Promovido pela Fundação Jumex de Arte Contemporânea (FJAC), o prédio foi projetado pelo arquiteto britânico David Chipperfield. O diretor da fundação, Patrick Charpenel, destacou à Agência Efe que o britânico incorporou elementos "muito mexicanos e refrescantes" e que quebrou a regra por ter convidado um arquiteto estrangeiro.

"Os arquitetos mexicanos sempre fizeram todas as obras públicas historicamente importantes neste país", disse ele.

O museu foi projetado com a finalidade de cobrir o conteúdo da Fundação Jumex, e segundo o diretor era necessário "um auditório flexível, mais espaço de exposição, uma loja e uma livraria", explicou Charpenel.

Na sua opinião, a oferta de bons livros sobre a arte contemporânea é "muito limitada", por isso vão tentar fazer com que seja uma das primeiras grandes lojas especializadas do país.

O museu também pretende oferecer ao público interessado nas artes contemporâneas uma maior quantidade de atividades acadêmicas e ressaltar de maneira muito ativa sua área educativa.

Por outro lado, sua atual sede e galeria de Ecatepec, no Estado do México, permanecerá ativa, mas "precisávamos ter espaço central, de fácil acesso, o que não era o caso de Ecatapec, e agora já temos um", disse Charpenel.

A inauguração do museu foi acompanhada pelo lançamento da nova plataforma digital da instituição, um espaço on line que pretende oferecer toda a informação sobre suas novas atividades, assim como materiais de consulta que incluem textos de divulgação, entrevistas com artistas e curadores, além de informações sobre a coleção e as bolsas de estudos oferecidas pela FJAC.

"Somos a primeira instituição de arte contemporânea no México que cria uma editora e tem um programa de bolsas de estudos e patrocínios que tem o propósito de apoiar pesquisadores, artistas e instituições", explicou o diretor.

O prédio se divide em cinco andares, dois deles, as galerias dois e três, são destinadas unicamente à exibição de obras de arte.

"A galeria três é mais alta, está oscilando entre cinco e dez metros, e através deste sistema é possível entrar luz natural no local", contou.

"Enquanto isso, a galeria dois tem cinco metros, é regular e convencional, mas muito bela, e tem vantagens porque alguns curadores não gostam de ter um elemento arquitetônico tão poderoso e tão forte, mas ter uma galeria mais neutra onde a arquitetura quase não aparece", acrescentou.

Há também uma facilidade para atividades educacionais e acadêmicas, o piso térreo contém um "lobby", bilheteria, cantina e o pátio do museu. Um andar subterrâneo abriga a loja do museu e os escritórios para funcionários da instituição.

De acordo com Charpenel, "é um edifício verde, onde são levados em consideração o nível de material e o nível do consumo de energia, é um edifício inteligente e responsável".

À coleção já existente se somam as cinco mostras de abertura da exposição: "Un lugar en dos dimensiones, una selección de la Colección Jumex + Fred Sandback"; "James Lee Byars: 1/2 An autobiography"; "Cosmogonía doméstica", do mexicano Damián Ortega; "Las ideas de Gamboa", sobre o museógrafo Fernando Gamboa e o museu performativo.

O diretor do espaço lembrou que a Cidade do México se caracteriza por sua ampla oferta cultural e que nela os museus são muito importantes, por isso que este novo centro de cultura veio "complementar e enriquecer" essa oferta.