Achado arqueológico mostra que Buda nasceu muito antes do que se pensava
Paris, 25 nov (EFE).- Uma descoberta arqueológica feita em Lumbini, no Nepal, um dos lugares mais sagrados do budismo, mostrou que Buda nasceu vários séculos antes do que se pensava, informou a Unesco nesta segunda-feira.
O grupo internacional de arqueólogos descobriu os vestígios de uma estrutura de madeira, até agora desconhecida, "embaixo de um conjunto de templos de tijolo", todos com "um mesmo espaço central aberto", o que coincide com o relato do nascimento de Buda, destacou a Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Segundo a tradição budista, a rainha Maya Devi, mãe de Buda, deu à luz agarrada ao galho de uma árvore no Jardim de Lumbini, no meio caminho entre o reino de seus pais e o de seu marido.
A Unesco promoveu esta pesquisa em Lumbini para melhorar a conservação e gestão do local, considerado patrimônio da humanidade.
Os vestígios encontrados "datam do século VI antes de Cristo", e constituem portanto o primeiro material arqueológico que relaciona a vida de Buda e o nascimento do budismo com um período histórico concreto, afirmou a organização.
Alguns especialistas sustentavam que Buda havia nascido no século III antes de Cristo, explicou na nota o arqueólogo e professor da Universidade de Durham (no Reino Unido), Robin Coningham, que coordenou as escavações junto com o nepalês Kosh Prasad Acharya.
Coningham e seus companheiros de trabalho acreditam que o espaço aberto no centro do santuário de madeira mais antigo poderia ter abrigado uma árvore.
Os templos de tijolo edificados mais tarde sobre esse santuário se dispuseram de modo a deixar um espaço central sem telhado, e "a presença de antigas raízes de árvore no meio do santuário" confirmam a tese de Coningham.
Fragmentos de carvão vegetal e grãos de areia do lugar foram submetidos à datação por carbono 14 e por luminescência estimulada oticamente, para determinar a idade do santuário e da estrutura de tijolo sobreposta e enterrada até agora, explicou a Unesco.
A pesquisa foi financiada pelo governo do Japão em cooperação com o do Nepal e teve a participação das universidades britânicas de Durham e Stirling e do Fundo Mundial para a exploração da National Geographic Society, dos Estados Unidos.
Inscrito no Patrimônio Mundial em 1997 e visitado por centenas de milhares de peregrinos todo ano, o Jardim Sagrado de Lumbini foi identificado há muito tempo como o lugar do nascimento de Buda e era muito frequentado no primeiro milênio da era cristã, indicou a Unesco.
Abandonado e coberto pela vegetação local durante a Idade Média, seu "redescobrimento" aconteceu em 1896.
Foi possível checar o nome e determinar que trata-se realmente o lugar do nascimento de Buda graças a um pilar de arenito do século III a.C. que continha a informação em uma inscrição gravada durante a visita do imperador Asoka, explicou a Unesco.
Especialistas que publicarão o artigo na revista internacional "Antiquity" dizem que a sequência arqueológica formada pelos vestígios de Lumbini "é um microcosmos que permite que a evolução do budismo e sua transformação de culto localizado em religião mundial seja observada", acrescentou a Unesco.
Muito orgulhosa de a organização ter "participado desta importante descoberta, a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, pediu que mais trabalhos de pesquisa arqueológica sejam realizados para "intensificar a conservação e melhorar a gestão de Lumbini", com o objetivo de garantir sua proteção.
O ministro da Cultura, Turismo e Aviação Civil do Nepal, Ram Kumar Shrestha, declarou que seu governo "não poupará esforços para preservar este lugar tão importante".
O grupo internacional de arqueólogos descobriu os vestígios de uma estrutura de madeira, até agora desconhecida, "embaixo de um conjunto de templos de tijolo", todos com "um mesmo espaço central aberto", o que coincide com o relato do nascimento de Buda, destacou a Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Segundo a tradição budista, a rainha Maya Devi, mãe de Buda, deu à luz agarrada ao galho de uma árvore no Jardim de Lumbini, no meio caminho entre o reino de seus pais e o de seu marido.
A Unesco promoveu esta pesquisa em Lumbini para melhorar a conservação e gestão do local, considerado patrimônio da humanidade.
Os vestígios encontrados "datam do século VI antes de Cristo", e constituem portanto o primeiro material arqueológico que relaciona a vida de Buda e o nascimento do budismo com um período histórico concreto, afirmou a organização.
Alguns especialistas sustentavam que Buda havia nascido no século III antes de Cristo, explicou na nota o arqueólogo e professor da Universidade de Durham (no Reino Unido), Robin Coningham, que coordenou as escavações junto com o nepalês Kosh Prasad Acharya.
Coningham e seus companheiros de trabalho acreditam que o espaço aberto no centro do santuário de madeira mais antigo poderia ter abrigado uma árvore.
Os templos de tijolo edificados mais tarde sobre esse santuário se dispuseram de modo a deixar um espaço central sem telhado, e "a presença de antigas raízes de árvore no meio do santuário" confirmam a tese de Coningham.
Fragmentos de carvão vegetal e grãos de areia do lugar foram submetidos à datação por carbono 14 e por luminescência estimulada oticamente, para determinar a idade do santuário e da estrutura de tijolo sobreposta e enterrada até agora, explicou a Unesco.
A pesquisa foi financiada pelo governo do Japão em cooperação com o do Nepal e teve a participação das universidades britânicas de Durham e Stirling e do Fundo Mundial para a exploração da National Geographic Society, dos Estados Unidos.
Inscrito no Patrimônio Mundial em 1997 e visitado por centenas de milhares de peregrinos todo ano, o Jardim Sagrado de Lumbini foi identificado há muito tempo como o lugar do nascimento de Buda e era muito frequentado no primeiro milênio da era cristã, indicou a Unesco.
Abandonado e coberto pela vegetação local durante a Idade Média, seu "redescobrimento" aconteceu em 1896.
Foi possível checar o nome e determinar que trata-se realmente o lugar do nascimento de Buda graças a um pilar de arenito do século III a.C. que continha a informação em uma inscrição gravada durante a visita do imperador Asoka, explicou a Unesco.
Especialistas que publicarão o artigo na revista internacional "Antiquity" dizem que a sequência arqueológica formada pelos vestígios de Lumbini "é um microcosmos que permite que a evolução do budismo e sua transformação de culto localizado em religião mundial seja observada", acrescentou a Unesco.
Muito orgulhosa de a organização ter "participado desta importante descoberta, a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, pediu que mais trabalhos de pesquisa arqueológica sejam realizados para "intensificar a conservação e melhorar a gestão de Lumbini", com o objetivo de garantir sua proteção.
O ministro da Cultura, Turismo e Aviação Civil do Nepal, Ram Kumar Shrestha, declarou que seu governo "não poupará esforços para preservar este lugar tão importante".
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