Brasil organizará conferência global contra espionagem na internet
Brasília, 9 out (EFE).- O Governo brasileiro organizará em 2014 uma conferência global sobre segurança na internet com o objetivo de identificar formas de limitar atividades de espionagem como as realizadas pelos Estados Unidos, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, informou que o assunto foi tratado por Dilma com o presidente da Corporação para a atribuição de Nomes e Números na Internet (ICANN), Fadi Chehadé, que foi recebido hoje em Brasília.
Bernardo disse que, depois que foi vítima direta da espionagem das agências dos EUA e que soube que suas comunicações e as de vários ministérios e empresas brasileiras foram interceptadas, a presidente está convencida e3 que a segurança na internet é um assunto que deve ser tratado no âmbito multilateral.
"No debate devem participar todos os atores relacionados com internet", pois "não se pode permitir que interesses econômicos, políticos ou religiosos interfiram na livre circulação das ideias", afirmou o ministro, que apontou que a conferência pode ser realizada no Rio de Janeiro em abril de 2014.
O presidente da Icann garantiu sua colaboração para a realização da conferência e manifestou sua "admiração" pela forma como Dilma denunciou a espionagem dos Estados Unidos na última Assembleia Geral da ONU, em setembro.
"O mundo escutou a presidente brasileira, que falou com uma profunda convicção, muita coragem, e exteriorizou a frustração de muitas pessoas de todo o mundo que sentiram que a confiança que temos na internet foi quebrada", disse.
Além de expressar seu apoio ao debate proposto por Dilma, Chehadé disse que a presidente "deve exercer sua liderança em todos os níveis, a fim de assegurar que todos podemos nos unir em torno de um novo modelo de segurança, no qual todos sejamos iguais".
Segundo Chehadé, a gestão da internet "exige uma participação ativa dos Governos, de todos seus organismos e das Nações Unidas, mas também dos usuários, da sociedade civil e dos técnicos, que afinal de contas são os que fazem ela funcionar".
As atividades de espionagem dos Estados Unidos no Brasil foram conhecidas graças a documentos filtrados pelo ex-analista da Agência Nacional de Segurança (ANS) Edward Snowden e divulgados pelo canal de televisão "Globo".
O Brasil protestou energicamente frente aos EUA e exigiu que fossem dadas "explicações" por escrito, mas os argumentos do Governo de Barack Obama foram considerados "insuficientes", por isso que Dilma adiou a visita de Estado que tinha previsto fazer a Washington em 23 de outubro.
No domingo, o canal "Globo" revelou novos documentos, segundo os quais o Canadá também utilizou a espionagem eletrônica para ter acesso a dados do Ministério de Minas e Energia do Brasil, que é responsável pelas áreas petrolífera, elétrica e mineira do país.
Como ocorreu com os Estados Unidos, o Brasil convocou ao embaixador do Canadá, expressou seu "protesto" pelo incidente e, da mesma forma, exigiu explicações que ainda não foram dadas.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, informou que o assunto foi tratado por Dilma com o presidente da Corporação para a atribuição de Nomes e Números na Internet (ICANN), Fadi Chehadé, que foi recebido hoje em Brasília.
Bernardo disse que, depois que foi vítima direta da espionagem das agências dos EUA e que soube que suas comunicações e as de vários ministérios e empresas brasileiras foram interceptadas, a presidente está convencida e3 que a segurança na internet é um assunto que deve ser tratado no âmbito multilateral.
"No debate devem participar todos os atores relacionados com internet", pois "não se pode permitir que interesses econômicos, políticos ou religiosos interfiram na livre circulação das ideias", afirmou o ministro, que apontou que a conferência pode ser realizada no Rio de Janeiro em abril de 2014.
O presidente da Icann garantiu sua colaboração para a realização da conferência e manifestou sua "admiração" pela forma como Dilma denunciou a espionagem dos Estados Unidos na última Assembleia Geral da ONU, em setembro.
"O mundo escutou a presidente brasileira, que falou com uma profunda convicção, muita coragem, e exteriorizou a frustração de muitas pessoas de todo o mundo que sentiram que a confiança que temos na internet foi quebrada", disse.
Além de expressar seu apoio ao debate proposto por Dilma, Chehadé disse que a presidente "deve exercer sua liderança em todos os níveis, a fim de assegurar que todos podemos nos unir em torno de um novo modelo de segurança, no qual todos sejamos iguais".
Segundo Chehadé, a gestão da internet "exige uma participação ativa dos Governos, de todos seus organismos e das Nações Unidas, mas também dos usuários, da sociedade civil e dos técnicos, que afinal de contas são os que fazem ela funcionar".
As atividades de espionagem dos Estados Unidos no Brasil foram conhecidas graças a documentos filtrados pelo ex-analista da Agência Nacional de Segurança (ANS) Edward Snowden e divulgados pelo canal de televisão "Globo".
O Brasil protestou energicamente frente aos EUA e exigiu que fossem dadas "explicações" por escrito, mas os argumentos do Governo de Barack Obama foram considerados "insuficientes", por isso que Dilma adiou a visita de Estado que tinha previsto fazer a Washington em 23 de outubro.
No domingo, o canal "Globo" revelou novos documentos, segundo os quais o Canadá também utilizou a espionagem eletrônica para ter acesso a dados do Ministério de Minas e Energia do Brasil, que é responsável pelas áreas petrolífera, elétrica e mineira do país.
Como ocorreu com os Estados Unidos, o Brasil convocou ao embaixador do Canadá, expressou seu "protesto" pelo incidente e, da mesma forma, exigiu explicações que ainda não foram dadas.
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