Assentamento humano de quase 13 mil anos é descoberto no Chile
Santiago do Chile, 9 ago (EFE).- Vestígios de um assentamento humano de 12.790 anos de idade foram encontrados por uma equipe de arqueólogos no Deserto do Atacama, o mais árido do mundo, no norte do Chile.
A descoberta foi feita em Quebrada Maní, próximo a Iquique, a cerca de 1.860 quilômetros de Santiago. De acordo com o jornal "La Tercera" são mais de mil artefatos, como pontas de projéteis, raspadores de pedra, facas, conchas marinhas, fornalhas e ossos de camelídeos com marcas de corte.
Os vestígios, segundo o paleoecólogo Claudio Latorre, um dos responsáveis pela pesquisa, indicam que "eram pessoas que dominavam a paisagem de forma incrível e que faziam trocas com outros grupos, podendo se deslocar do mar à cordilheira".
Apesar de o Deserto do Atacama ter sido há 12 mil anos seco como hoje, a intensidade das chuvas teria permitido a existência de recursos hídricos e, portanto, de flora e fauna em lugares como a Quebrada Maní, afirmam os pesquisadores de universidades chilenas e americanas. O trabalho foi publicado na revista "Quaternary Science Reviews".
O descobrimento ajuda a dissipar parte das dúvidas sobre a ideia que o povoamento do continente aconteceu no norte em direção ao sul, segundo os autores do estudo.
Essas dúvidas surgiram com o assentamento de Monte Verde, descoberto em 1975 e situado no sul do Chile, a cerca de mil quilômetros de Santiago e de uma antiguidade calculada em uns 14.420 anos, que o transforma hoje no mais antigo da América.
O assentamento de Quebrada Maní pode ser o primeiro de uma série de outros achados que podem ser descobertos pelas mãos de um modelo preditivo desenvolvido pela equipe do arqueólogo Calogero Santoro e o paleoecólogo Latorre, que estudam a região desde 2005.
O modelo, explicou Paula Ugalde, arqueóloga do Centro de Pesquisas do Homem do Deserto (Cihde), que também faz parte do projeto, e aproveita o conhecimento paleoecológico para aumentar a possibilidade de sucesso.
Isso através do rastreamento da evolução da presença de recursos hídricos em lugares que, como o Deserto do Atacama, permitem uma apropriada conservação de restos arqueológicos.
"O modelo consiste em estudar lugares onde exista potencial para a vida humana. Não se trata de determinismo ambiental, mas como o ser humano necessita destes recursos para subsistir, poderia escolher estes lugares dentro de uma gama de possibilidades", detalhou.
Calogero Santoro assegurou que, se o modelo preditivo funcionar como o esperado, devem encontrar evidência mais antiga que Monte Verde da presença humana nesta região da América.
A descoberta foi feita em Quebrada Maní, próximo a Iquique, a cerca de 1.860 quilômetros de Santiago. De acordo com o jornal "La Tercera" são mais de mil artefatos, como pontas de projéteis, raspadores de pedra, facas, conchas marinhas, fornalhas e ossos de camelídeos com marcas de corte.
Os vestígios, segundo o paleoecólogo Claudio Latorre, um dos responsáveis pela pesquisa, indicam que "eram pessoas que dominavam a paisagem de forma incrível e que faziam trocas com outros grupos, podendo se deslocar do mar à cordilheira".
Apesar de o Deserto do Atacama ter sido há 12 mil anos seco como hoje, a intensidade das chuvas teria permitido a existência de recursos hídricos e, portanto, de flora e fauna em lugares como a Quebrada Maní, afirmam os pesquisadores de universidades chilenas e americanas. O trabalho foi publicado na revista "Quaternary Science Reviews".
O descobrimento ajuda a dissipar parte das dúvidas sobre a ideia que o povoamento do continente aconteceu no norte em direção ao sul, segundo os autores do estudo.
Essas dúvidas surgiram com o assentamento de Monte Verde, descoberto em 1975 e situado no sul do Chile, a cerca de mil quilômetros de Santiago e de uma antiguidade calculada em uns 14.420 anos, que o transforma hoje no mais antigo da América.
O assentamento de Quebrada Maní pode ser o primeiro de uma série de outros achados que podem ser descobertos pelas mãos de um modelo preditivo desenvolvido pela equipe do arqueólogo Calogero Santoro e o paleoecólogo Latorre, que estudam a região desde 2005.
O modelo, explicou Paula Ugalde, arqueóloga do Centro de Pesquisas do Homem do Deserto (Cihde), que também faz parte do projeto, e aproveita o conhecimento paleoecológico para aumentar a possibilidade de sucesso.
Isso através do rastreamento da evolução da presença de recursos hídricos em lugares que, como o Deserto do Atacama, permitem uma apropriada conservação de restos arqueológicos.
"O modelo consiste em estudar lugares onde exista potencial para a vida humana. Não se trata de determinismo ambiental, mas como o ser humano necessita destes recursos para subsistir, poderia escolher estes lugares dentro de uma gama de possibilidades", detalhou.
Calogero Santoro assegurou que, se o modelo preditivo funcionar como o esperado, devem encontrar evidência mais antiga que Monte Verde da presença humana nesta região da América.
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