Acadêmicos argentinos querem que tango se torne disciplina artística
Acadêmicos argentinos reivindicaram que o tango se torne disciplina artística durante a inauguração do Congresso Internacional de Tango Argentino, nesta terça-feira (6), em Buenos Aires.
O congresso reflete "uma nova posição do tango como objeto de estudo e de reflexão pela sociedade argentina, não só como tradição", explicou José Luis Castiñeira, diretor nacional de Artes da Secretaria de Cultura, durante o ato de abertura do congresso.
"O tango é uma forma de expressão popular, cuja origem está na segunda metade do século 19, que encontramos frequentemente nas ruas e bares da Argentina, fotografada pelos turistas, na literatura e no cinema, mas não tanto em discussões acadêmicas ou tratados teóricos", disse.
"Há um interesse da sociedade através das instituições para que esta tradição siga viva" acrescentou Castiñeira, para quem o tango deve estar presente no projeto do país para que as novas gerações também possam desfrutá-lo.
O Congresso Internacional de Tango Argentino, que acontece até o próximo dia 9, contará com a participação de professores e especialistas como Lidia Borda, Alberto Podestá, Hugo Marcel, Juan Carlos Apostes, Andrés Linetzky, Cristian Zárate e Juan Pablo Güerri.
Classes, mesas-redondas, conferências e espetáculos vão avaliar o desenvolvimento e nível artístico deste gênero transformado em um símbolo da Argentina.
O evento faz parte do Plano Nacional de Promoção do Tango, que organiza a cada ano diversas atividades em torno do tango, declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2009.
O congresso acontece às vésperas da realização da 15ª edição do Festival Mundial de Tango de Buenos Aires, a maior reunião mundial do gênero, que acontece entre 14 e 27 de agosto na capital argentina.
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