Mundos paralelos de Jorge Luis Borges e Roberto Arlt se cruzam no Brasil
Brasília, 14 mai (EFE).- Os universos literários paralelos que agitaram Buenos Aires entre 1920 e 1940 se cruzam nesta terça-feira em Brasília, em uma mostra sobre os grupos Flórida e Boedo, duas das mais representativas correntes culturais argentinas.
A exposição "Vanguardas Literárias Argentinas 1920-1940", que foi aberta ao público no Museu Nacional de Brasília, propõe um percurso por esse rico período criativo através de fotografias, gravuras e material de revistas e jornais da época.
Os grupos Flórida e Boedo representam os dois pólos das correntes literárias da Argentina de então e encarnavam duas visões opostas do mundo, representadas por escritores do tamanho de Jorge Luis Borges e Roberto Arlt.
"Foram grupos pioneiros. A Flórida representava uma vanguarda mais elitista, enquanto o Boedo tinha uma visão mais revolucionária do mundo e mais comprometida com o proletariado", disse o embaixador argentino no Brasil, Luis María Kreckler, ao inaugurar a mostra.
Entre os membros do grupo Flórida se destacavam Borges, sua irmã Norah, Conrado Nalé Roxlo, Leopoldo Marechal e Ricardo Güiraldes, entre muitos outros, todos influenciados pelo surrealismo, o dadaísmo e outras correntes em voga na Europa de então.
O grupo Boedo, com fortes raízes operárias e marcada ideologia socialista, buscava inspiração nos subúrbios proletários e tinha entre seus integrantes Roberto Arlt, Raúl González Tuñon e Nicolás Olivari, entre outros.
Na mostra inaugurada nesta terça em Brasília, estão expostas as primeiras edições de livros dos membros de duas correntes, como "Don Segundo Sombra" (1926) - de Güiraldes -, "Labirinto do Amor" (1936) - de Marechal- , e "45 dias e 30 marinheiros" (1933) - Norah Lange-, pelo grupo Flórida.
Dos membros de Boedo estão expostas as primeiras edições de "O brinquedo raivoso" (1926), "Os sete loucos" (1929), "Os lança-chamas" (1931) - todos de Arlt -, "A morte em Madri" (1939) - de González Tuñón-, e "O homem do baralho e a punhalada" (1933) - de Nicolás Olivari.
Junto com fotografias de época, se misturam capas de revistas como "Sul", fundada por Victoria Ocampo, do grupo Flórida, e "Os Pensadores" e "Dínamo", que foram publicadas pelos membros de Boedo.
A exposição, que estará aberta ao público até 19 de maio, também apresenta alguns filmes argentinos da época, como "La ñata gaucha", com Tita Merello e Azucena Maizani, assim como uma aquarela de Norah Borges na qual recria o mapa do Brasil.
A exposição "Vanguardas Literárias Argentinas 1920-1940", que foi aberta ao público no Museu Nacional de Brasília, propõe um percurso por esse rico período criativo através de fotografias, gravuras e material de revistas e jornais da época.
Os grupos Flórida e Boedo representam os dois pólos das correntes literárias da Argentina de então e encarnavam duas visões opostas do mundo, representadas por escritores do tamanho de Jorge Luis Borges e Roberto Arlt.
"Foram grupos pioneiros. A Flórida representava uma vanguarda mais elitista, enquanto o Boedo tinha uma visão mais revolucionária do mundo e mais comprometida com o proletariado", disse o embaixador argentino no Brasil, Luis María Kreckler, ao inaugurar a mostra.
Entre os membros do grupo Flórida se destacavam Borges, sua irmã Norah, Conrado Nalé Roxlo, Leopoldo Marechal e Ricardo Güiraldes, entre muitos outros, todos influenciados pelo surrealismo, o dadaísmo e outras correntes em voga na Europa de então.
O grupo Boedo, com fortes raízes operárias e marcada ideologia socialista, buscava inspiração nos subúrbios proletários e tinha entre seus integrantes Roberto Arlt, Raúl González Tuñon e Nicolás Olivari, entre outros.
Na mostra inaugurada nesta terça em Brasília, estão expostas as primeiras edições de livros dos membros de duas correntes, como "Don Segundo Sombra" (1926) - de Güiraldes -, "Labirinto do Amor" (1936) - de Marechal- , e "45 dias e 30 marinheiros" (1933) - Norah Lange-, pelo grupo Flórida.
Dos membros de Boedo estão expostas as primeiras edições de "O brinquedo raivoso" (1926), "Os sete loucos" (1929), "Os lança-chamas" (1931) - todos de Arlt -, "A morte em Madri" (1939) - de González Tuñón-, e "O homem do baralho e a punhalada" (1933) - de Nicolás Olivari.
Junto com fotografias de época, se misturam capas de revistas como "Sul", fundada por Victoria Ocampo, do grupo Flórida, e "Os Pensadores" e "Dínamo", que foram publicadas pelos membros de Boedo.
A exposição, que estará aberta ao público até 19 de maio, também apresenta alguns filmes argentinos da época, como "La ñata gaucha", com Tita Merello e Azucena Maizani, assim como uma aquarela de Norah Borges na qual recria o mapa do Brasil.
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