Filme "O Palhaço", de Selton Mello, chego aos cinemas espanhóis
Madri, 15 abr (EFE).- Como fazer os outros rirem quando se perde o sorriso é o dilema enfrentado pelo protagonista do filme "O Palhaço", dirigido e protagonizado por Selton Mello, que narra esse personagem em um momento muito complicado: a crise de identidade.
Sou feliz com o que faço ou deveria enfrentar novos desafios? Essa foi a pergunta que chegou um dia à mente do diretor carioca, que consciente de sua "universalidade", resolveu fazer um filme sobre o assunto, disse à Agência Efe nesta segunda-feira.
Ele mesmo o define como "uma fábula" com imagens oníricas e de estética quase infantil que "fala poeticamente sobre a identidade, sobre o dilema do talento natural", explicou Selton Mello em entrevista coletiva.
Por isso, embora percorra os passos de um humorista circense com dúvidas existenciais, "O Palhaço", que estreia nos cinemas espanhois na próxima sexta-feira, é uma história "que pode ocorrer com qualquer um".
Selecionado pelo Brasil para concorrer na última edição do Oscar, o filme conta a história dos palhaços Valdemar e Benjamin, pai e filho, interpretados respectivamente por Paulo José, "um dos maiores artistas brasileiros", e o próprio Selton Mello.
Ambos estão à frente do circo ambulante "Esperança" - que visita povoados - cujos integrantes formam um micro universo harmônico e por momentos feliz, apesar de não terem dinheiro.
Mas as penúrias, a rotina e nomadismo ao qual estão sujeitos vão dando um nó na cabeça de Benjamin, que vai ficando desmotivado pouco a pouco até perder a razão.
"Queremos o que não temos. Para Benjamin é um sonho trabalhar em um lugar e com horários fixos e encontrar o amor", disse Selton Mello.
Mas essas não são as únicas carências do protagonista, às vezes reduzidas a objetos banais como um ventilador, que apesar de se transformar quase em uma obsessão, é um elemento simbólico que sugere diversos significados.
"Gosto de incentivar a imaginação do espectador e ver a reação provoco", disse o cineasta.
Este filme é uma particular homenagem à figura do palhaço, "essencial, um símbolo artístico". Como acontece com Benjamin, é "muito estimulante" poder "exorcizar" as dúvidas através da arte e, sendo diretor, esta possibilidade é multiplicada.
No Brasil, o filme já teve mais de um milhão e meio de espectadores, uma bilheteria superior à esperada, reconheceu a própria produtora do filme, Vania Catani, além da Espanha, será projetado em breve nos Estados Unidos, Argentina, Uruguai e Itália.
"Há quinze anos, fazíamos um filme por ano e agora são mais de 100. O cinema brasileiro vive um momento especial, porque estamos conquistando o público e vivemos um momento econômico confortável", explicou Catani.EFE
lom/ff
Sou feliz com o que faço ou deveria enfrentar novos desafios? Essa foi a pergunta que chegou um dia à mente do diretor carioca, que consciente de sua "universalidade", resolveu fazer um filme sobre o assunto, disse à Agência Efe nesta segunda-feira.
Ele mesmo o define como "uma fábula" com imagens oníricas e de estética quase infantil que "fala poeticamente sobre a identidade, sobre o dilema do talento natural", explicou Selton Mello em entrevista coletiva.
Por isso, embora percorra os passos de um humorista circense com dúvidas existenciais, "O Palhaço", que estreia nos cinemas espanhois na próxima sexta-feira, é uma história "que pode ocorrer com qualquer um".
Selecionado pelo Brasil para concorrer na última edição do Oscar, o filme conta a história dos palhaços Valdemar e Benjamin, pai e filho, interpretados respectivamente por Paulo José, "um dos maiores artistas brasileiros", e o próprio Selton Mello.
Ambos estão à frente do circo ambulante "Esperança" - que visita povoados - cujos integrantes formam um micro universo harmônico e por momentos feliz, apesar de não terem dinheiro.
Mas as penúrias, a rotina e nomadismo ao qual estão sujeitos vão dando um nó na cabeça de Benjamin, que vai ficando desmotivado pouco a pouco até perder a razão.
"Queremos o que não temos. Para Benjamin é um sonho trabalhar em um lugar e com horários fixos e encontrar o amor", disse Selton Mello.
Mas essas não são as únicas carências do protagonista, às vezes reduzidas a objetos banais como um ventilador, que apesar de se transformar quase em uma obsessão, é um elemento simbólico que sugere diversos significados.
"Gosto de incentivar a imaginação do espectador e ver a reação provoco", disse o cineasta.
Este filme é uma particular homenagem à figura do palhaço, "essencial, um símbolo artístico". Como acontece com Benjamin, é "muito estimulante" poder "exorcizar" as dúvidas através da arte e, sendo diretor, esta possibilidade é multiplicada.
No Brasil, o filme já teve mais de um milhão e meio de espectadores, uma bilheteria superior à esperada, reconheceu a própria produtora do filme, Vania Catani, além da Espanha, será projetado em breve nos Estados Unidos, Argentina, Uruguai e Itália.
"Há quinze anos, fazíamos um filme por ano e agora são mais de 100. O cinema brasileiro vive um momento especial, porque estamos conquistando o público e vivemos um momento econômico confortável", explicou Catani.EFE
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