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Ano Novo chega em Tailândia, Camboja, Laos e Mianmar

13/04/2013 03h18

Bangcoc, 13 abr (EFE).- Com a água como elemento principal da celebração e dos ritos religiosos, começaram neste sábado na Tailândia, Mianmar, Camboja e Laos os festejos do Ano Novo, os mais populares do calendário budista.

Nesses quatro países do Sudeste Asiático, nos quais as tradições continuam fortemente arraigadas, a maioria da população participa das celebrações do festival da água, que tem nomes diferentes em cada um deles: "Songkran" na Tailândia, "Thingyan" em Mianmar, "Pimai" no Laos e "Chaul Chnan Thmey" no Camboja.

O início das festividades coincide com o movimento do sol do signo de Peixes ao de Áries e acontece durante a época mais quente do ano, no fim da estação seca, que deve dar lugar em breve às chuvas das monções.

Ao longo das últimas décadas, essas festividades, que são as mais aguardadas do calendário devido ao reencontro das famílias, perderam grande parte do significado religioso, em favor da diversão, o que é criticado pelos budistas mais ortodoxos.

Durante o festival da água, grupos de jovens saem às ruas de Bangcoc e de outras cidades da Tailândia com pistolas de água para molhar as pessoas.

Não escapam policiais nem turistas, transformados frequentemente no principal alvo dos jovens, que, além de água em abundância, levam consigo bolsas com talco para jogar no rosto de suas "vítimas".

O mais importante é manter o bom humor o tempo todo, porque, segundo um dito popular, começar o novo ano chateado é um péssimo prenúncio.

O ponto negativo dos festejos fica por conta das centenas de mortos e milhares de feridos devido às brigas e aos acidentes de trânsito pelo consumo excessivo de álcool e, em algumas ocasiões, pelo impacto dos jatos de água no rosto dos motoristas.

As festividades combinam crenças budistas, antiga astrologia e o calendário solar. Por tradição, a população das maiores cidades se movimenta rumo às zonas rurais para reencontrar a família e participar dos atos sociais e religiosos que acontecem em cada canto desses quatro países.