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Curtas do Brasil inauguram ciclo infantil do FESTin em Lisboa

04/04/2013 20h42

Lisboa, 4 abr (EFE).- "Pety pode tudo", de Anahí Borges; "Maria Clara", de Leonardo Peixoto; "A vida deve ser assim", de Roberto Burd; "A Rebelião das águas", de Agê; e "Os sustentáveis", de Lisandro Santos, inauguraram nesta quinta-feira o ciclo infantil do FESTin, que será realizado em Lisboa até o próximo dia 10 de abril.

A quarta edição do Festival de Cinema Itinerante de Língua Portuguesa, que começou ontem à noite com a projeção do longa angolano 'O Grande Kilapy', incluiu como novidade uma mostra de curtas-metragens brasileiros direcionada para o público infantil (entre 6 e 12 anos).

"São filmes de interesse educativo para que os estudantes conheçam outras realidades", declarou à Agência EFE Adriana Niemeyer, uma das diretoras da mostra.

No ciclo participam 60 escolas primárias de Lisboa e se estima que cerca de mil de crianças portuguesas assistam aos cinco curtas-metragens educativos, comentou Niemeyer.

Entre os filmes do ciclo, se destacam o paulista "Pety pode tudo", de Anahí Borges, e o gaúcho "Maria Clara", de Leonardo Peixoto.

"Pety pode tudo", que foi apresentado em mostras do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, aborda - durante 18 minutos - a história de Petrolina ou Pety, uma menina imaginativa e sonhadora cujo exacerbado desejo de proteção acaba por ter um impacto inesperado sobre um de seus entes mais queridos.

"Maria Clara" é uma história de 15 minutos que narra às vivências de uma sensível e madura menina, que após a revelação de um amor platônico se dá conta que não vale a pena ter pressa para se transformar em adulta.

O FESTin, que exibe somente produções de países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste), homenageia o festival de cinema de Gramado e a Angola.

Esta quarta edição, também recebeu hoje um encontro internacional de jornalistas especializados na Sétima Arte, onde espanhóis, brasileiros, franceses e portugueses debateram sobre a importância dos acordos de associação entre os festivais de cinema.

Entre as 80 fitas do festival, se destaca a brasileira "Colegas", protagonizada por três atores com síndrome de Down, que concorre na seção de longas com outros dez filmes, a maioria do Brasil.

Para poder conceder uma premiação monetária, o FESTin iniciou uma campanha de financiamento coletivo ("crowdfunding") que está muito perto de cumprir a meta inicial de 3 mil euros.