Diretor do Teatro Bolshoi diz que bailarino não encomendou ataque com ácido
Moscou, 12 mar (EFE).- O diretor-geral do Teatro Bolshoi, Anatoli Iksánov, assegurou nesta terça-feira que acredita no testemunho do bailarino Pavel Dmitrichenko, que reitera que não encarregou o ataque com ácido contra o diretor da companhia de balé, Sergei Filin.
"Nesse sentido, acredito em Pavel. Ele garante que participou, mas que não encomendou esse terrível crime. Concordo.", disse Iksánov, citado pelas agências locais.
Iksánov também apoiou os 300 trabalhadores do teatro moscovita que assinaram uma carta aberta em apoio a Dmitrichenko, em prisão preventiva desde a semana passada.
"Apoio a opinião do coletivo, sua preocupação de que a investigação pode ser parcial. Existe uma série de fatos que indicam que o que o encomendou (o ataque) pode ser outra pessoa, de fora do teatro. Isso deve esclarecê-lo durante a investigação", declarou.
O diretor do Bolshoi assegurou que se dirigirá por escrito aos funcionários que instruem o caso para que leve em conta fatos ocorridos antes do ataque realizado em meados de janeiro.
"Justamente, duas semanas antes do assalto houve um ciberataque contra o e-mail de Filin, foi criado um falso site de Filin, bloquearam seu telefone de trabalho e furaram as rodas de seu carro", apontou.
Iksánov ressaltou que, se durante a investigação for confirmado que "Dmitrichenko é cúmplice do crime, terá que ser punido, mas a questão está na gravidade da condenação".
"Se o tribunal provar que ele é inocente, naturalmente nós não teremos nenhum motivo jurídico para demitir Dmitrichenko", acrescentou.
Quanto a isso, Filin garantiu em entrevista à TV que ele não tinha nenhum conflito aberto com Dmitrichenko, ao que nunca mostrou "animosidade".
E acrescentou: "Cada encontro com Dmitrichenko era uma nova ameaça e uma demonstração de animosidade. Vê-se que alguém o trabalhou e o empurrou para isso".
Em sua carta aberta dirigida, entre outros, ao Kremlin, os 300 funcionários do teatro ressaltam que "para todos que conhecem Dmitrichenko, apenas a ideia de que pudesse ser o causador e autor intelectual de um crime tão cruel parece absurda".
O texto minimiza a confissão do próprio detido sobre seu envolvimento no crime e assinala que "as conclusões da instrução nos parecem precipitadas, as provas pouco conclusivas, e a confissão (inicial) de Pavel, que mudou posteriormente, é o resultado de uma forte pressão".
Dmitrichenko, de 29 anos, confessou após sua detenção a autoria intelectual da agressão a Filin, mas mudou sua declaração no dia seguinte, durante a audiência judicial da quinta-feira passada na qual se decidiu a medida cautelar que lhe levou à prisão preventiva.
O bailarino atribuiu então a responsabilidade do ataque brutal ao executor do mesmo, Yuri Zarutski, que supostamente na noite de 17 janeiro jogou ácido no rosto de Filin, lhe causando graves queimaduras no rosto e os olhos que obrigaram a praticar três cirurgias oculares.
Segundo informa hoje a imprensa russa, o próprio Zarutski negou, por sua vez, durante um interrogatório que Dmitrichenko tivesse encomendado o ataque a ele e assumiu toda a responsabilidade.
O advogado de Dmitrichenko, Aleksandr Barkánov, destacou hoje que a investigação não conseguiu comprovar uma conspiração entre seu cliente e o suposto autor do ataque.
"Nunca passou pela cabeça de Dmitrichenko que tivesse tais consequências. Ele não pediu a ninguém que o fizesse, nem deu dinheiro a ninguém", indicou.
Por sua vez, o advogado de Filin manifestou hoje sua incompreensão pela atitude do teatro e definiu a carta como uma tentativa de pressionar os tribunais, a polícia assegurou que os resultados preliminares da investigação serão tornados públicos.
"Nesse sentido, acredito em Pavel. Ele garante que participou, mas que não encomendou esse terrível crime. Concordo.", disse Iksánov, citado pelas agências locais.
Iksánov também apoiou os 300 trabalhadores do teatro moscovita que assinaram uma carta aberta em apoio a Dmitrichenko, em prisão preventiva desde a semana passada.
"Apoio a opinião do coletivo, sua preocupação de que a investigação pode ser parcial. Existe uma série de fatos que indicam que o que o encomendou (o ataque) pode ser outra pessoa, de fora do teatro. Isso deve esclarecê-lo durante a investigação", declarou.
O diretor do Bolshoi assegurou que se dirigirá por escrito aos funcionários que instruem o caso para que leve em conta fatos ocorridos antes do ataque realizado em meados de janeiro.
"Justamente, duas semanas antes do assalto houve um ciberataque contra o e-mail de Filin, foi criado um falso site de Filin, bloquearam seu telefone de trabalho e furaram as rodas de seu carro", apontou.
Iksánov ressaltou que, se durante a investigação for confirmado que "Dmitrichenko é cúmplice do crime, terá que ser punido, mas a questão está na gravidade da condenação".
"Se o tribunal provar que ele é inocente, naturalmente nós não teremos nenhum motivo jurídico para demitir Dmitrichenko", acrescentou.
Quanto a isso, Filin garantiu em entrevista à TV que ele não tinha nenhum conflito aberto com Dmitrichenko, ao que nunca mostrou "animosidade".
E acrescentou: "Cada encontro com Dmitrichenko era uma nova ameaça e uma demonstração de animosidade. Vê-se que alguém o trabalhou e o empurrou para isso".
Em sua carta aberta dirigida, entre outros, ao Kremlin, os 300 funcionários do teatro ressaltam que "para todos que conhecem Dmitrichenko, apenas a ideia de que pudesse ser o causador e autor intelectual de um crime tão cruel parece absurda".
O texto minimiza a confissão do próprio detido sobre seu envolvimento no crime e assinala que "as conclusões da instrução nos parecem precipitadas, as provas pouco conclusivas, e a confissão (inicial) de Pavel, que mudou posteriormente, é o resultado de uma forte pressão".
Dmitrichenko, de 29 anos, confessou após sua detenção a autoria intelectual da agressão a Filin, mas mudou sua declaração no dia seguinte, durante a audiência judicial da quinta-feira passada na qual se decidiu a medida cautelar que lhe levou à prisão preventiva.
O bailarino atribuiu então a responsabilidade do ataque brutal ao executor do mesmo, Yuri Zarutski, que supostamente na noite de 17 janeiro jogou ácido no rosto de Filin, lhe causando graves queimaduras no rosto e os olhos que obrigaram a praticar três cirurgias oculares.
Segundo informa hoje a imprensa russa, o próprio Zarutski negou, por sua vez, durante um interrogatório que Dmitrichenko tivesse encomendado o ataque a ele e assumiu toda a responsabilidade.
O advogado de Dmitrichenko, Aleksandr Barkánov, destacou hoje que a investigação não conseguiu comprovar uma conspiração entre seu cliente e o suposto autor do ataque.
"Nunca passou pela cabeça de Dmitrichenko que tivesse tais consequências. Ele não pediu a ninguém que o fizesse, nem deu dinheiro a ninguém", indicou.
Por sua vez, o advogado de Filin manifestou hoje sua incompreensão pela atitude do teatro e definiu a carta como uma tentativa de pressionar os tribunais, a polícia assegurou que os resultados preliminares da investigação serão tornados públicos.
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