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Musical das Spice Girls é "mais insípido que picante", diz crítica

11.dez.2012 - Foto do musical "Viva Forever", que é baseado no grupo Spice Girls e estreou em Londres  - Efe - Imagem divulgada pela Judy Craymer Productions
11.dez.2012 - Foto do musical "Viva Forever", que é baseado no grupo Spice Girls e estreou em Londres Imagem: Efe - Imagem divulgada pela Judy Craymer Productions

12/12/2012 09h31

O recém-estreado musical das Spice Girls, "Viva Forever!", foi recebido com críticas desfavoráveis pelos veículos de imprensa britânicos, que o consideraram "mais insípido que picante" e apontam as canções como o principal problema.

"O verdadeiro problema são as canções", diz a manchete do jornal britânico "The Guardian", que deu três estrelas de cinco ao espetáculo que se apresenta desde ontem à noite no Teatro Picadilly de Londres.

"As Spice Girls podem ter sido muitas coisas, mas autoras de um repertório cheio de clássicos imortais do pop não é uma delas: venderam discos se baseando nas personalidades de cada uma de suas integrantes e não pela qualidade das canções que cantavam", afirma o jornal.

O grupo britânico "não tem sucessos memoráveis suficientes em sua carreira de três álbuns para duas horas de espetáculo. Sendo justos, só têm um punhado de canções decentes ("Stop" e "Say You'll Be There" entre elas)", acrescenta "The Guardian", que reconhece o trabalho das atrizes, mas critica todo o resto.

O jornal "The Independent" elogia especialmente o trabalho do supervisor musical, Martin Koch, que "rearranjou sutilmente" as canções, para dar a elas um novo ritmo.

Segundo a rede pública "BBC", é preciso deixar passar pelo menos meia hora de espetáculo para escutar um tema que vale a pena, "Stop", e a maioria dos sucessos estaria na segunda metade do musical.

Na opinião do jornal "The Times", o musical só merece duas de cinco estrelas, por ser "rudimentar, descuidado, estereotipado e pouco conclusivo" e, enfim, "mais insípido que picante".

A crítica do "The Times" é mesmo a mais dura: "'Viva Forever!': Não acredito que gostaríamos disso realmente", publica o periódico, que critica o argumento e a qualidade das canções.

"Não importaria se as canções fossem boas. Mas a maioria delas não o são. Isso não é Abba e, das 22 canções, só umas quatro são memoráveis", conclui o jornal.